Senti minhas costas baterem com força na parede e aquele zumbi avançando sobre mim, rosnando e tentando me morder.
Segurei ele, mas senti minhas mãos rasgando a sua pele e o sangue escorrendo pelos meus dedos. Ele iria acabar me mordendo.
- E agora, "ruivinha"? Vai manter a pose?
Vi ele por cima do ombro do errante, abaixado, com um joelho no chão e apoiando os braços no outro. De arma na mão e sorrindo.
- Vá se fuder. - Rosnei.
Ele riu.
- Eu? Vá você, vadia. Quando Negan trouxe você, eu sabia que era só uma questão de tempo até ele te ter, mas não imaginava que você iria subir de posto antes de se deitar por baixo do homem. Você subiu para um posto que seria meu.
Eu ri. - Quer dormir com o patrão, é? Força, é todo seu.
Ele levantou. - Vagabunda!
Vi o zumbi cair no chão, morto, e o cara avançou sobre mim, socando meu rosto e me jogando no chão. Gemi de dor.
- Quer brincar, né? Então vamos!
Ele ficou na minha frente e eu levantei a perna, dando um chute nele, bem no seu material. O Salvador, David, caiu no chão, gemendo.
Levantei e peguei a arma que tinha caído e mirei sua cabeça. Dei un chute na sua barriga, e outro e outro.
Ele agarrou minha perna e puxou, me fazendo perder o equilibrio e cair no chão. Bati com a cabeça e fechei os olhos, por conta da dor. Senti ele em cima de mim, agarrando meu pescoço, enquanto a outra mão subia pela minha coxa.
Me mexi, tentando me libertar mas ele segurou meu queixo. Me mexi de novo e consegui morder a sua mão.
Ele gritou, chamando a atenção de um outro zumbi, e eu empurrei ele, socando no seu rosto. Levantei e peguei o rifle que andava sempre no meu caminhão, que estava jogado no chão.
Avancei sobre David e atirei sem parar, vendo o sangue dele espirrar e ele morto, mas mesmo assim só parei quando fiquei sem munição.
Fiquei olhando o corpo e depois olhei em volta. Droga, meu caminhão tinha ficado do outro lado. Bufei de raiva, segurei o rifle com força e avancei sobre o zumbi, batendo na sua cabeça e esmagando ela, me sujando de sangue.
Sentei no chão, ofegante e depois ergui a cabeça.
Peguei a arma de David e segurei o rifle, colocando no ombro como Negan fazia com a Lucille.
Saí dali, caminhando pela estrada, sob aquele sol quente. Tinha de regressar ao Santuário, Negan sabia que eu saí numa emergência com David. Agora eu sabia que era tudo um plano, mas agora David estava morto.
Escutei um som familiar e olhei para trás, vendo o meu caminhão se aproximar. Coloquei os óculos na cabeça e fiz careta por causa do sol.
O caminhão parou e Negan desceu, se aproximando, me olhou e parou na minha frente.
- O que aconteceu com você, ruiva?
Sorri. - Seu homem tentou me matar. - Dei de ombros. - Está morto.
Passei por Negan e fui na parte de trás do caminhão, subindo e largando as armas em um canto. Peguei água e bebi, escutando Negan subindo para junto de mim.
Ele tinha vindo me procurar, sozinho, ele trouxera meu caminhão. Olhei ele.
- Você trouxe meu bebê.
Ele sorriu. - Vim procurar vocês, estavam demorando demais, e eu sei da reputação do David. Ou sabia. Vi o caminhão e percebi que algo estava errado, mas...
Não deixei ele acabar. Me aproximei e beijei ele.
Naquele dia, quando ele me beijou, eu me afastei mas naquele momento eu queria que o mundo se lixasse. Colei meu corpo no dele, sem parar de beijar e senti suas mãos tocando e apertando cada pedaço da minha pele.
Negan retirou minha camiseta, se afastando e colcando sua boca no meu pescoço. Levantei a cabeça, agarrando na sua nuca.
Senti Negan me empurrando para trás e deixei ele me deitar no caminhão, se colocando sobre mim e apertando minha coxa, enquanto a outra mão abria o botão dos meus jeans e sua boca atacava a minha. Ele retirou meus jeans e me beijou de novo, coloquei as pernas em redor da sua cintura, puxando sua jaqueta para baixo e mordendo seu pescoço.
Escutei ele rir e retirei minhas pernas, puxando seu cinto.
Pouco depois, Negan entrava dentro de mim com força, me fazendo gemer alto. Apertei ele nos meus braços e depois minha mão subiu no seu cabelo.
Parecia que minha cabeça ia explodir de prazer. Gemi de novo e escutei sua voz no meu ouvido, rouca.
- Os zumbis.
Sorri. - Que se dane.
Ele sorriu e entrou em mim de novo, com força.
Se eu soubesse que iria ser assim, mesmo ele sendo um idiota, eu já tinha dito sim para ele. Negan me tocava nos locais certos, apertava onde devia, me fazia sentir coisas que nunca ninguém conseguiu.
Senti ele quase gozando e não resistir a gozar junto com ele.
No final, ele se manteve em cima de mim, nossas respirações ofegantes. Vi ele se afastar um pouco e me olhar.
- Nossa, ruiva, se eu soubesse já tinha pegado antes. - Sorriu. - Você é minha.
Toquei com o dedo no ombro dele.
- Não serei uma esposa. - olhei ele.
- Não. Você será algo melhor. Será uma rainha.
Sorri e ele me beijou de novo.Horas depois...
- Você está bem?
Carter entrou no meu quarto, abrindo a porta de repente e parando no meio da divisão, me olhando.
Sorri.
- Estou ótima.
Ele se aproximou. - Negan saiu para procurar você, ele nunca faz isso.
Dei de ombros.
Carter me olhou e depois deu um passo atrás, inclinando a cabeça para o lado.
- Você dormiu com ele.
- O quê?
- Dormiu, não dormiu?
Suspirei e passei a mão pelo cabelo. Olhei ele, mirando aqueles olhos que eu já aprendera a gostar, e assenti.
- Dormi. E, para que saiba, foi a melhor coisa da minha vida.
Carter revirou os olhos. - Credo. - Depois me olhou. - Então ele ganhou?
Neguei. - Não. Nós estamos ganhando. Negan está onde eu quero ele. - Abri a mão. - Aqui. Mas aquele lá sabe o que faz, então eu irei me divertir bastante para adorar quando tiver de ver ele cair.
Carter balançou a cabeça, sorrindo. - Isso vai dar merda.
Sorri. - Será?
- Sam, eu me preocupo com você, se ele descobre, ele te mata! Eu não posso aceitar isso. Não posso perder você.
Suspirei. - Calma. Não vai perder. Você e meu melhor amigo.
- Por isso você deveria me escutar.
Segurei seu rosto com as minhas mãos e encarei ele.
- Vai dar tudo certo. Prometo.
- Não promete uma coisa que você não sabe se vai acontecer.
Beijei sua cabeça e sorri. - Confia em mim.
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Birdie
FanfictionSam, ou Samantha, Wolf é uma garota que sempre viveu sozinha, nunca precisando de ninguém e, com certeza, nunca se prendendo a ninguém. Mas quando o mundo fica um caos, com os mortos voltando a viver, Sam tem de enfrentar o apocalipse com o parceiro...