𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟭𝟱

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N/A: O capítulo está com essa quantidade de visualizações e comentários pq eu reescrevi por cima do antigo capítulo!

Aya, tentando ser o mais otimista possível depois de uma longa noite de choradeira desenfreada, foi para escola enfrentar um dos maiores males da adolescência: lidar com outros adolescentes. Com um belo sorriso estampando o seu rosto e com o seu humor costumeiro cumprimentou todos a sua volta, conversando com quem quer que a parasse. Usava o uniforme juntamente a um cardigã off-white, estava esfriando mas não tanto ao ponto de necessitar de um casaco, seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo e o bendito colar ainda a acompanhava.

Não era novidade passar a noite afogada nas próprias mágoas e no dia seguinte ter que aparecer socialmente, então já era mestre na arte de esconder as olheiras e de fingir que não estava a um tris de desmoronar.

O primeiro horário foi tão tranquilo que mal sentiu o tempo passar, mesmo que tenha ficado inquieta com a falta de Megumi. Ele não costumava faltar, na verdade, Aya nunca tinha o visto perder aula. Era mais do que incomum a não presença dele na sala de aula.

Aya poderia estar sendo paranóica, costumava ser assim quando coisas familiares aconteciam, mas sua intuição gritava para que ligasse ou que ao menos perguntasse para ele se estava bem ou se estava doente ou com algum problema, mas não iria fazer isso, tinha medo de ultrapassar os limites com ele. Não sabia os níveis de intimidade com Megumi, talvez ele a achasse grudenta ou exagerada, a garota realmente tinha essa preocupação com todos os seus amigos, mas muito provável que Fushiguro não tivesse o mesmo nível de tolerância que eles.

Aya continuou a conversar com suas amigas, vendo Mahina e Nobara se entrosarem cada vez mais. O tempo foi passando e o dia também e nenhuma notícia de Megumi ou de seu paradeiro.

Até que não se aguentou, na sexta-feira era o segundo dia consecutivo que o amigo não dava notícias, mas seus irmãos não pareciam preocupados, o que de certa forma deveria confortá-la, entretanto, não conseguia se acalmar. Esperou pacientemente Mahina se afastar para perguntar para a ruiva:

— Perdão a intromissão mas o Megumi está doente ou algo do gênero? - Aya simplesmente perguntou, curiosa e com aquela aflição esquisita forçando sua garganta a secar.

— O que? - Nobara riu fraco — Não, ele está bem! Só tirou umas noites fora porque estava trabalhando nos próprios quadros. Provavelmente se cansou tanto que dormiu no apê do nosso amigo Choso. Ele costuma fazer isso nas férias, mas como ele anda pintando mais nos últimos tempos, acredito que esteja mais ocupado do que o normal.

Ela disse animada, parecia orgulhosa em suas palavras ao mencionar o trabalho do irmão, mas Aya, mesmo parecendo aliviada, ainda sentia a maldita pulga atrás da orelha.

— Que ótimo então! Pensei que como ele nunca perde aula, poderia estar de cama ou algo assim - Aya ajeitou a mochila nos ombros, parando no corredor antes de dar um beijinho de despedida na ruiva — Te vejo no sábado?

— Com certeza! - Nobara sorriu animada, seguindo seu caminho para o clube de jujitsu.

Aya estava inquieta, pensando em possibilidades infinitas que não condiziam com a realidade, cogitando situações não cabíveis com o que diziam a ela. Nunca se considerou alguém sensitiva, inclusive, naquele momento agradeceu por isso, pois estava com um sentimento amargo. Como se algo muito errado tivesse acontecido.

𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒, megumi fushiguroOnde histórias criam vida. Descubra agora