Chapter 2 - Sem saída

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Algumas horas se passaram sem que nenhum de nós falássemos nada. Vou acabar me atrasando desse jeito. Ele está extremamente inquieto e isso me incomoda, sou eu quem deveria estar desconfortável aqui, não posso suportar mais essa merda.

— E então? Quando posso ir? – Passa a me encarar, mas permanece em silêncio.

Está vindo em minha direção, os passos mais lentos que necessário pela distância, apoia as mãos em meu ombro e se senta no meu colo.

— Já ficou entediado? – Viro o rosto para o lado. – Hm? Não tem pudor para agarrar minha bunda no meio da rua e nem para me convidar para ir em um hotel, mas se eu sentar no seu colo você fica envergonhado?

  — Eu já estou cansando das suas brincadeiras. Tenho que trabalhar sabia? – Os olhos dele me encaram de maneira satisfeita. – Que droga você quer afinal? Vender meus órgãos? Vai pedir um resgate? Não tem medo de me mostrar seu rosto? E se eu for na polícia depois? – Se posiciona melhor em mim e rebola. – NGH! O que você-

  — Não seja impaciente. – Me dá um beijo na bochecha. – Por que perguntar tantas coisas se só está preocupado com uma? – Se deita em mim e apoia a cabeça em meu ombro. – Você sabe que não tem mais ninguém aqui além de nós. – Passa as mãos por trás da cadeira. – Não te fiz nenhum mal e você não está com medo de mim. – Vira o rosto para o meu. – Você poderia se debater e acabar se soltando, arrombar aquela porta e me deixar aqui... mas você não quer isso não é mesmo? – Pressiona seu colo contra meu pau. – Tudo o que você quer saber... – Desamarra a corda de meus pulsos – É se terá a chance de foder a bunda em cima de você.

Em um movimento rápido, solto o resto das cordas e levo as mãos até suas coxas.

  — Se você está brincando comigo, tenho que avisar que estou falando sério. – As aperto com força suficiente para ficarem marcadas por um tempo. Desejo que fiquem.

  — Hmm~ As chaves do galpão não estão aí. Na verdade, nem comigo.

Levanto da cadeira com ele no meu colo e o ponho no chão, ficando em cima dele. Seguro seus pulsos e levo a boca ao seu pescoço, ficando apenas a alguns milímetros de distância. Sussurro.

  — Então isso significa que você não pode fugir de mim? – Deixo um beijo molhado no local.

Sinto seu corpo dar um leve espasmo e logo em seguida enrijece os músculos.

  — Eu não vou conseguir entrar se você ficar tão tenso, Tobio.

De repente estava embaixo dele, finalmente consegui sentir a força daquelas mãos fortes me apertando e girando para que invertêssemos as posições.

  — Você esqueceu quem começou a brincar com quem? – Eleva uma sobrancelha.

Solta meus braços prensados no chão e agarra o volume que havia se formado em minhas calças, arfo em resposta ao aperto. Lentamente vai abrindo meu zíper, abaixa minha cueca, exibindo meu membro ereto e o agarra com uma mão inteira, mesmo que ele precisasse de duas para cobrir todo o comprimento, não contenho um gemido grave e fecho os olhos.

Ele começa uma masturbação lenta, porém, firme, puxando a pele da base por toda extensão, até cobrir parcialmente a glande e depois voltando a puxá-la mais rapidamente para baixo. Repete o vai e vem mais algumas vezes, e pela aceleração do meu peito, acho que está aumentando a velocidade, arqueio as costas para frente e fecho os olhos com força, ele mantém o mesmo ritmo. Sinto um peso nas minhas coxas e me dou conta de que estou sem calças. Ele é bom pra caralho nisso.

Cessa os movimentos com a mão e as leva até seu torço. Agarro elas e puxo para baixo novamente na altura de seu próprio membro e massageio junto a ele seu volume. Solto suas mãos e começo a desabotoar sua camisa. A pele levemente morena, os traços definidos e marcados, a sombra da linha que separa seus peitos com a pouca iluminação do local, seu abdômen praticamente trincado e a entrada para seu pau que já estava com gotas de pré gozo pela masturbação que ele mesmo fazia por cima da cueca, tudo isso foi revelado assim que joguei sua camisa por um canto qualquer daquele galpão enorme.

I'm not scared - KagehinaOnde histórias criam vida. Descubra agora