ANOS ATRÁS.
O mar está na sua pior noite. As águas se agitam em grandes ondas, é como se elas estivessem em fúria. A tempestade também ajuda nisso, trovões e raios percorrem o grande céu negro. A tábua da janela do meu farol está solta, então, me arrisco a prende-la para não ficar batendo contra a parede. Claro que não controlo as águas e não posso impedir de me molhar. Ouço um trovão e raio clareando as pedras na costa, acabo por avistar algo.
Foi o destino, que naquela noite... Uniu meus pais.
É uma mulher, vestida com alguma roupa branca. Desço as pedras para me aproximar mais, há uma espécie de lança de cinco pontas ao seu lado. Ela é muito bonita... Acabo por observar seu corte na testa, melhor levá-la pra dentro, precisa de cuidados.
Já pela manhã, onde o sol predomina e o mar calma se estende, na cozinha, preparo duas canecas com chás. Eu deixei a mulher deitada em meu sofá na sala com cobertas. Bom, hora de levar pra ela.
Quando passo da entrada da sala, vejo ela com meu peixinho dourado na boca. Ela o suga como se fosse macarrão assim que me vê.
—hã... Só não come o cachorro, tá bom?—sorrio para ela e meu cachorro da raça golden, coloca a patinha sobre o rosto—chá?—ofereço assim que me sento em minha protona.
Ela recua receosa encolhendo as pernas, ainda não passamos no teste de confiança.
—tá tudo bem. Pega—estico meu braço com a caneca e ela com cuidado, pega ainda estranhando—faz assim—assopro o líquido em minha cabeça e ela segue fazendo o mesmo em seguida bebendo um pouco. Logo após, ela forma uma expressão que demonstra que gostou do chá—bom, né?—sorrio, em retribuição ela sorri—quem é você?—seu olhar entra em contato com o meu.
—A-atlanna, Rainha Atlanna—sorrio para ela.
—eu sou Thomas, Faroleiro Thomas, huh—ergo minha caneca com meu sorriso.
Depois daquilo, eles passaram meses juntos... Se uniram, e dessa união... Eu nasci.
POV Atlanna
—e foi assim que Atlântida reinou submersa no oceano. Lá, é de onde eu vim, filho—brinco e conto a história de nosso povo enquanto o mantenho em meu colo—entendeu?
—sim!—ele responde com sua voz fofa.
—entendeu de verdade?—começo a fazer cócegas nele.
—ahhh!! Hahaha!! Mamãe, para!!! Ahhha!!!
—entendeu???
—ahhhh!!!! Papai!!! Hahahahah! Socorro!!
—eu não posso com a sua mãe, filho—ele se senta no sofá.
—acho que agora ele entendeu—rimos logo após eu terminar de fazer cócegas.
De repente ouço um estrondo na parede ao lado da porta de entrada, rapidamente viro meu rosto para a porta. Avisto um soldado real Atlantiano.
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Aquaman
AdventureA cidade de Atlântida no passado foi a civilização mais avançada existente, mas graças a um evento catastrófico, ela agora reina submersa no oceano. Depois de um golpe contra a própria mãe, o atual Rei, Orm, busca declarar guerra contra a superfície...