‹⟨ Episódio 6 ⟩›

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Minha visão começa a voltar com dificuldade. Pisco várias vezes para que minha ela volte por completo. Sinto meus braços pesados e pescoço apertado, meus pés pezão igualmente. Olho ao redor percebendo o lugar com coloração toda branca, com estruturas bem avançadas, percebo também que o peço em meus membros e a pressão no meu pescoço, são correntes grandes e grossas que me predem, seguradas por guardas reais. Também acabo por notar que estou sem camisa, de peito nu, ao subir o olhar para frente, vejo sentando em seu trono, Orm, com coroa dourada e armadura igualmente da mesma cor, brilhando como novas.

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Ao seu lado esquerdo, está Vulko e no direito, Mera

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Ao seu lado esquerdo, está Vulko e no direito, Mera. Quase me esqueço que eles precisam manter a máscara.

—finalmente acordou—o lanço um olhar nada amigável. Mexo meu pescoço quase estralando, me acostumando com as correntes—ainda custo acreditar que está aqui. Ouvi tatos burburinhos e histórias sobre você... Principalmente de nossa mãe—seu corpo se levanta do trono, sendo guiado pela água, vindo até mim calmamente com sua capa dourada sendo erguida conforme nada. Me agito erguendo meu tronco mordendo os dentes que rangem. Fecho o punho com força, os guardas tentam puxar a corrente para que eu não me agite mais—por todo esse tempo, sempre tive vergonha de minha mãe ter se misturado com um ser da superfície. Vergonha do fato de ter um irmão mestiço, cujo a vida eu queria ceifar com meu tridente—o encaro com um olhar mais raivoso—mas agora que está aqui, eu tenho que falar...

—huuaaahhh!!!—avanço com tudo arrastando os guardas que seguram desesperados as correntes.

Eles acabam por me segurar no limite quando fico cara a cara com Orm. Meus braços são puxados para trás como minhas pernas, mas entre nossos rostos, há pouco espaço. Meu olhar é cerrado o encarando.

—estou em conflito.

—você é um covarde. Tá afim de ter um conflito, maninho? Solta essas correntes e eu vou te mostrar o conflito—se fosse possível, cuspia em seu rosto, mas não estamos em terreno seco.

—hmmm... Claro, vi que não possue a arma de nossa mãe. Mas veio aqui para isso? Depois desses anos todos? Para me matar?—vontade não me falta.

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