Cadelinha

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  Sara e eu entramos calmamente no banheiro. Empurro a porta até deixá-la encostada na parede, sorrio, ao retirar a mão ela fecha com voracidade. O alto som ecoa por todo o lugar. Assim que dobramos a leve esquina vemos a cara de espanto de três garotas que estavam conversando sentadas na pia, ambas estão paralisadas nos encarando.

- O que ainda fazem aqui? - Sara pergunta jogando sua bolsa sobre a pia. Ela da dois passos deixando visível que estou presa em uma coleira. - Não façam cara de espanto, ela só morde se eu mandar. - Não contenho um sorriso ladino. Sara me olha sobre o ombro. - A menos que vocês desejem algumas mordidas, devo mandar ela avançar vocês? - Sara recua soltando a corrente da coleira, as três garotas levantam assustadas juntando suas coisas o mais rápido que conseguem. - Manu... - Ela vai me dar uma ordem, meu coração está completamente acelerado. - Pega.

Ignoro toda minha racionalidade e disparo sobre as três. O que Sara mandar é o que devo fazer, sem hesitar, sem pensar duas vezes. Eu sou sua cadela e ela é minha mestra. Jogo bruscamente uma por uma no chão, meu sangue está tão quente, serro os punhos para poder desferir soco nelas, mais Sara da voz de comando antes que eu possa acertar qualquer golpe.

- Manu, para. - Recuo e fico imóvel encarando os três rostinhos assustados, isso é tão excitante. - Venha aqui. - Assim faço. - Ajoelhe com o olhar para o chão. - Sem pensar duas vezes me ponho de joelhos ao seu lado, Sara afaga meus cabelos. - Boa garota. Então, o que ainda fazem aqui mesmo? - Sara pergunta pela última vez, as três correm e antes de chegarem a porta ela ainda avisa. - Caso contém para alguém eu vou deixar Manu fazer o que quiser com vocês. - Sem cerimônia elas fogem o mais rápido possível.

Meu coração está batendo em uma velocidade surpreendente, isso é tão bom. Há meses ninguém aparece por aqui nesse horário, Sara e eu temos o banheiro por praticamente uma hora só para nós duas. Não, elas não temem Sara. Elas temem a cadelinha dela, elas me temem e por isso nenhuma garota ousa entrar no banheiro quando estou nele.

- Você não está treinando? Por que ia bater nelas? Você sabe que a gente só assusta, você tem noção da força que as arremessou no chão? - Ela atira tantas perguntas e tão rápido que não sei a qual responder primeiro. Me ponho de pé.

- Eu não usei tanta força e meus treinos são para ganhar mais força. Eu as joguei no chão como faço nos treinos com quem luta comigo. - Respondo tirando a bolsa das costas e colocando ao lado da de Sara.

- Olha Manu, eu não sei se consigo ser sua mestra mais. - As palavras dela cortam profundamente minhas emoções, a encaro perplexa. - Não me olha assim, você faz tudo que eu mando, me obedece fielmente... E tudo que mando você faz, isso é assustador e perigoso. - Sara me encara.

- Até onde me lembro foi você quem decidiu me levar para passear fora do meu quarto. - Inclino meu tronco para frente, estamos bem mais próximas agora. - Você quem está perigosa, as ordens saem da sua linda e gostosa boca. Foi você quem deixou tudo perigoso e assustador. - Disparo cuidadosamente cada palavra, ela não pode me deixar.

O silêncio se estabelece no ambiente.

Busco os lábios de Sara, lhe dou um selar longo. Retorno a encarar. Ela não pode querer parar no meio do caminho, ela me deixou completamente excitada. Coloco minhas mãos em sua cintura.

- Você me quer? - Sussurro em seu ouvido. Sara contém um leve gemido ao ouvir minha pergunta. - Eu sei que você me quer.

  Pressiono sua cintura com força e lhe dou um beijo, dessa vez mais intenso, quente, como sei que ela gosta. Sara busca meu pescoço com suas mãos. Sem muito esforço a coloco sentada na pia, gentilmente ela abre as pernas para que eu me encaixe entre elas, ela claramente está tão excitada quanto eu. Levo uma de minhas mãos até os botões de seu uniforme, desabotoou sem pressa um a um enquanto nosso beijo fica cada vez mais intenso.

Corpo quenteOnde histórias criam vida. Descubra agora