Não seja ridícula

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O que aconteceu mesmo? Me pergunto recobrando meus sentidos. Abro meus olhos vagarosamente, estou deitada em minha cama, da para saber pelo cheiro do meu perfume que está gravado nos lençóis. 

Assim que tomo mais consciência de meus sentidos noto que a algo sobre minha cabeça e é bem gelado. Levo a mão a cabeça para poder sentir o que é, retiro com dificuldade o objeto e o coloco na frente dos meus olhos. É apenas uma bolsa de gelo. Sento na cama e me lembro o que aconteceu, droga, ela não deve ter ido embora.

- Como se sente? - Natacha pergunta sentando ao meu lado e levando sua mão a meu rosto. 

Sinto um leve desconforto, ela nunca foi de ser atenciosa ou tão preocupada.

- Estou bem... - Desvio meus olhos da bolsa de gelo para os olhos de Natacha, fico corada, ela mostra uma expressão que nunca vi. Ela parece gentil. - Obrigada por... - O que aconteceu comigo? Eu não consigo formular uma frase descente de agradecimento. - Obrigada por... Por... Obrigada por ter...

- Por ter te colocado na cama, te vestir e por gelo na sua cabeça? - Ela esboça um sorriso por tentar terminar a frase que eu estava montando.

- Obrigada por ter cuidado de mim. - Respondo tirando a mão dela do meu rosto.

Levanto rapidamente da cama, tenho que alongar meu corpo. Relaxo meus ombros e pescoço, estico meus braços os levando a frente do corpo, me espreguiço. Caminho até o enorme espelho que fica em meu guarda roupa, levanto a minha blusa. Que detalhista, ela se deu o trabalho de me por calcinha, ela não ia resistir em me ver sem nada e me tocar sem minha consciência foge das regras do nosso contrato, bom, antigo contrato. Sorrio maliciosamente, eu sei que sou seu ponto fraco.

- Do que está sorrindo? - Olho maliciosamente para ela, Natacha cruza as pernas e contrai seu maxilar. Até quando ela consegue manter essa pose? Só por ter me colocado uma calcinha já mostra que antes de tudo o que aconteceu ela estava excitada.

- Você me colocou calcinha? - Digo dando uma leve risada. - Você não resistiria, não é? - Pergunto em tom sarcástico.

- Não seja ridícula, você se mexeu e deixou tudo exposto eu... - Ela trava por alguns segundos. - Eu apenas achei melhor te vestir algo, apenas isso. - Ela firma bem seu olhar no meu.

- Você a cheirou? - Pergunto caminhando em sua direção, Natacha contrai seu maxilar repetidas vezes até que eu fique bem próxima dela. - Você adorava abrir minhas pernas, encostar seu rosto em uma de minhas coxas e sentir meu cheiro. - Só de imaginar isso eu sei que já estou encharcada.

- Para, cala a boca Manuela. - Natacha resmunga inclinando levemente seu corpo para trás.

- Calar minha boca? - Pergunto dando dois passos para trás e retirando minha calcinha. 

Natacha fixa seu olhar em cada movimento meu, ela nem se quer pisca, sua atenção está completamente voltada para meu corpo. Seguro a calcinha em minha mão. A postura dela se foi a bastante tempo. Natacha está nitidamente excitada. Jogo minha calcinha em sua direção, ela a pega em uma velocidade surpreendente.  

- Não brinque comigo, não me desobedeça. - Ela reclama se controlando para não levar a calcinha em seu nariz.

- Cheira, sente o cheiro da minha excitação. - Provoco ela. - Se aperta-la vai sentir que está molhada. - Sorrio aumentando a dose de provocação.

- Não preciso leva-la próxima a meu nariz para sentir, você está exalando excitação. - Ela responde apertando minha calcinha.

- "Não seja ridícula" - Repito o que ele disse antes. - Eu sei e, você também sabe, o quanto você quer leva-la até seu nariz. - Alego e vejo a postura de Natacha se desestabilizando ainda mais. - Cheira. - Ordeno da mesma forma que ela me ensinou, mas, para acatar as suas ordens e não as minhas.

Um curto silêncio se instala entre nossa conversa. Ela aperta com ainda mais força minha calcinha, levanto minha cabaça e a encaro com mais força. Esse tipo de olhar mostra superioridade, ela fazia isso com demasiada frequência quando começou a me adestrar, digamos que eu fui uma cadelinha bem teimosa e por isso ela usava esse tipo de olhar. Assim eu não ousaria a desobedecer, isso foi verdade, uma verdade para aquela época.

- Cadela maldita! - Natacha exclama levando a calcinha até seu nariz. - Mmm... - Ela geme e abafa seu gemido logo em seguida. Seus olhos se fecharam assim que ela a cheirou, sua mão livre que repousava na cama aperta os lençóis com força e suas pernas cruzadas pressionam com mais voracidade uma a outra. 

- Que fique bem claro que você não é a superior aqui, entendeu, Natacha? - Pergunto me aproximando e levantando minha perna esquerda apoiando meu pé sobre a cama, bem a seu lado. 

Ela abre os olhos. Ergo minha camiseta até minha cintura, Natacha olha diretamente para o centro de minhas pernas. Queria ter mais tempo para saborear domina-la, mais o olhar confuso e sedento dela se recompõe rapidamente, ela me olha com tanta firmeza que minha perna de apoio bambeia. As coisas vão ficar interessante.

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