Caminho sem pressa para o ginásio. O gosto doce de Sara ainda está em minha boca, isso deixa meus pensamentos ferverem em perversão. Como Nakamura deve ter olhado para nós duas? Eu estava com a cabeça em um lugar que bloqueava minha visão lateral. O que ela deve ter pensado? Será que ela se excitou? Tenho tantas perguntas para fazer a ela, mesmo sabendo que as chances dela responde-las são baixas.
A poucos metros do meu destino vejo Caroline deitada em um banco que fica ao lado da porta do ginásio, tem duas lindas árvores que fazem uma sombra gostosa e confortável, é um lugar perfeito para esquecer o que viu a alguns minutos.
- Pensei que fosse me esperar ao lado de fora do banheiro. - Digo tentando iniciar uma conversa, paro ao seu lado e encaro seu lindo rosto. Ao abrir os olhos seu rosto muda de cor e fica completamente vermelho, ela desvia o olhar para a parede. - Que meiga, você ficou vermelha. Agora foi por vergonha ou talvez excitação? - Pergunto a provocando.
- Cala a boca e abre logo essa porta. - Ela diz brava se sentando no banco. Seu olhar é baixo.
Olho para meu relógio, tenho 5 minutinhos ainda. Tiro a mochila das costas, me sento ao seu lado e coloco a mochila sobre meus pés, pego minha garrafa de água e tomo alguns goles. Guardo a garrafa. Me mantenho em silêncio.
- Você realmente vai esperar o horário? - Ela pergunta com a voz baixa.
- Sim, eu vou sim. - Respondo voltando a olhar meu relógio, 3 minutos.
- Me desculpa por ter entrado no banheiro mais cedo e atrapalhado você e Sara... - As palavras saem quase como sussurro de sua boca.
- Não precisa pedir desculpas, na porta não havia uma placa dizendo "Sara e Manuela estão transando, não entre. Obrigada". - Digo com firmeza. Um silêncio se instala entre nós.
Olha as horas mais uma vez, prontinho, deu horário.
- Vamos? - Pergunto indo em direção a porta e abrindo o ginásio.
Seguro a enorme porta para ela passar, Caroline passa com pressa e de cabeça baixa. Ela está com vergonha? Isso é muito confuso pra mim, eu entraria normalmente no banheiro se visse garotas fazendo exatamente o que eu e Sara estávamos fazendo.
Encosto a porta. As outras alunas chegam mais tarde, hoje é quarta então o ginásio está aberto apenas para garotas. Sem volumes exuberantes por debaixo de sungas hoje, isso é um alívio para meus olhos.
Vou em direção aos armários, cada aluno e aluna que frequentam o ginásio possuem um armário. Como Nakamura também é do terceiro colegial nossos armários ficam no mesmo corredor, ela em uma extremidade e eu em outra. Abro meu armário para poder guardar minha bolsa e pregar meu maiô, a porta bloqueia minha visão para Nakamura. Por mais que eu contemple seu corpo eu nunca ousei a olhar nua, isso foge da minha regra de respeitar quem tenho interesse.
Tiro minhas roupas para poder colocar o maiô, mais antes relaxo os ombros com movimentos giratórios, alívio a tensão do meu pescoço o girando, lentamente, duas vezes para cada lado. Como é bom a sensação de estar nua. Encaro meu rosto pelo espelho que colei no fundo do meu armário, essa coleira preta que comprei é tão linda, a acaricio por alguns segundos.
- Não vai se vestir? - A voz dela parece próxima. Encosto a porta do armário a procura de seu rosto. Caroline se encontra a poucos passos de mim. Fico em silêncio. - Por que usa isso? - Ela aponta para meu pescoço.
- Para ser livre. - Respondo voltando meu olhar para o maiô jogado no banco atrás de mim.
- Livre? - Concordo com a cabeça enquanto me troco. - Como usar uma coleira pode fazer alguém ser livre? Sabe o que as pessoas dizem sobre você? - Caroline eleva o tom de sua voz. Abro o armário para pegar minha blusa de frio esportiva, ela é fresca e as cicatrizes em minhas costas ficam cobertas. Fecho o armário e encaro ela.
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Corpo quente
Non-FictionEu sei que você ama perversão e lê indecências escondida ( eu também faço isso ).