Benjamin Mayer é mais uma vítima da adolescência. O garoto, prefere se esconder em seu capuz cinza ao interagir com os colegas desagradáveis que lhe apelidaram de Nerd. Mas, isso muda com a chegada de Helena Breeze, que vem de New York morar com a a...
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— Vocês se beijaram, não foi?
Arregalei os olhos diante da suposição da minha mãe, sentindo o rubor tomar conta do meu rosto imediatamente.
O que ela faz pra adivinhar essas coisas?
— N-não... de onde a senhora tirou isso? — dou um sorriso nervoso e ela ri, enquanto posiciona os pratos recheados de macarrão a nossa frente.
— Dessa sua reação ao meu blefe.
Merda.
— Filho, você não sabe mentir, esqueceu? — ela sorri, presunçosa e se senta na mesa — De qualquer forma, Helena parece ser uma boa menina. Eu shippo vocês dois.
Olhei pra ela, confuso.
— Dês de quando a senhora usa essas gírias da internet?
— Não mude o foco da conversa. — me repreende num tom acusatório. — E não à mal algum em eu falar gírias.
— Ok... mas... eu e ela... nós não... — gaguejo desajeitado.
— Você gosta dela, Ben? — pergunta diretamente e eu me encolho na cadeira de metal da nossa cozinha.
— Talvez... — murmuro tentando organizar os meus sentimentos e pensamentos.
Eu gosto da Helena?
Eu a conheci á 3 dias e dês de então, nós sempre estamos juntos. Eu me sinto feliz e animado perto dela, parece que a sua energia excêntrica me contagia. Sempre eu me pego a observando, seu jeito, suas manias, seus movimentos... tudo.
Talvez, só talvez, eu esteja me apaixonando.
Você ainda tem dúvidas? – meu psicológico indaga – Tá mais que na cara.
— É, eu gosto dela. — Suspiro. Parece tão real quando eu falo em voz alta.
Afinal, nunca achei que ia acontecer comigo.
— Que bom filho. Ela deve sentir o mesmo. — Dona Sarah me garante.
— A senhora acha? — coço a nuca. — Ela não tem cara de quem se apaixona, ainda mais por alguém como eu.
— E como é a cara de quem se apaixona? — mamãe apoia o rosto na mão, me olhando com divertimento. — É impossível não gostar de você, filho. Não se sinta inseguro.
Um suspiro me escapa novamente. Não é nada difícil pra mim ter inseguranças, afinal, sou eu.
Minha mãe me manda comer, antes que a comida esfrie, e assim eu faço.
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