Helena conseguiu me convencer a fazer uma coisa que eu nunca pensei que faria: Comer a comida dessa escola.
Já é recreio e minha amiga ruiva encheu o saco dizendo pra mim acompanhá-la até o refeitório rapidinho, só para pegar uma maçã para comer.
Depois de muita insistência da parte dela, eu fui. Não contando com a macarronada deliciosa da cantina.
Quando bati o olho no prato de macarrão, despertei uma fome que nem sabia que tinha. Só faltava a minha barriga roncar pra finalizar o drama.
Agora, estamos sentados lado a lado numa mesa afastada, no refeitório. Eu ocupado comendo e tentando não me sujar de molho de tomate, e Helena, que já comeu sua maçã, mexendo no celular, e me mostrando memes engraçados de vez em quando.
A ruiva parecia mais avoada do que de costume, como se estivesse triste com alguma coisa, mas mesmo assim insistisse em sorrir.
— Pra quem não queria vir na cantina, até que você está gostando. — Lena diz repousando o telefone sobre a mesa e me encarando.
— As melhores coisas são as inesperadas. — digo pondo mais uma garfada na boca e ela ri.
— Você tá tão fofinho com a cara suja de molho de tomate. — diz zombando e eu reviro os olhos, tentando não corar por ter sido chamado de fofo.
Helena pega seu celular, mira a câmera na minha direção, e tira uma foto de mim. Tudo tão rápido e com tanta habilidade, que não deu tempo de abaixar, nem tomar o celular da mão dela, ou até fazer uma pose. Totalmente injusto.
— Ei! — reclamo. — Eu sei que eu sou lindo, mas agora não é um dos meus melhores momentos.
— Convencido. — revira os olhos rindo. — Fica lindo parecendo um vampiro depois de pegar a presa.
Ela me encara como se quisesse confirmar a sua afirmação e eu entro na onda.
— Eu sou o Drácula! — brinco mostrando as presas e gargalhamos.
— Termina essa macarronada logo. — empurra meu ombro e eu volto a comer, e ela mexer no celular.
Fico a encarando, pelo canto do olho e vejo como ela é bonita distraída.
Hum... de onde veio isso?
Parando pra pensar, desde ontem esses pensamentos estão frequentes.
Tipo, eu pensando no quanto ela é bonita, no quanto ela ri enquanto estamos juntos... Até na aula eu me peguei pensando nela!
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Nerd e a Rebelde
Ficção AdolescenteBenjamin Mayer é mais uma vítima da adolescência. O garoto, prefere se esconder em seu capuz cinza ao interagir com os colegas desagradáveis que lhe apelidaram de Nerd. Mas, isso muda com a chegada de Helena Breeze, que vem de New York morar com a a...