12 • Memórias de Guerra

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Fiquei esperando na sala mexendo no celular até Helena descer com alguns livros em mãos e de roupa trocada

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Fiquei esperando na sala mexendo no celular até Helena descer com alguns livros em mãos e de roupa trocada. Ela havia colocado uma calça jeans preta rasgada nos joelhos e uma camiseta azul claro escrito “Thunder” em laranja e branco e All Star's pretos.

Sei lá, mas quando ela está com roupas normais, parece impor respeito. Mais do que ela já impõe de saia e camiseta polo.

— Pra quê esses livros? — pergunto quando ela pega sua mochila no sofá, retirando alguns cadernos e incluindo os livros.

— São alguns livros de matemática e história que eu peguei do Dan. Ele não usa, então nem vai fazer falta. — ela dá de ombros e me encara, enquanto põe sua mochila nas costas. — Vamos?

— Arram. — assinto e me levanto do sofá, depois Helena grita:

— Vó! Já estamos indo! Tchau!

— Ok! Vão com Deus! Juízo! — Dona Amélia grita do andar de cima e Helena ri.

Saímos da casa e a ruiva analisa seu quintal como se fosse um campo de guerra e eu olho pro lado e vejo um vulto laranja...

— Cuidado! — Helena grita, me puxando pra trás e uma bola de futebol passa voando rumo onde estávamos. — Tchau pra você também Melissa!

— Devolve a bola! — A menina grita aparecendo de trás de uma árvore que havia do lado da casa e Helena joga a bola pra ela. — Tchau!

— Corre antes que a Aninha jogue uma bexiga de glitter na gente. — minha amiga pega na minha mão e me puxa pra fora do quintal da frente.

— É sempre assim quando alguém saí? — pergunto rindo enquanto Helena fecha o portão.

— Não. Acho que é só porque elas não te acertaram com alguma coisa ainda. — ela ri da minha cara e eu tento esconder o meu medo. — Durma com os olhos abertos Benjamin. — Helena ri de novo e seguimos andando.

— Pelo amor de Deus, brinca não. — rio de nervoso e vejo uma mulher sair da casa ao lado da de Helena.

— Boa tarde, Sra. Willians. — Minha amiga acena sorrindo e a mulher arregala os olhos e volta pra dentro de casa correndo.

Helena volta à andar calmamente, como se nada tivesse acontecido e eu franzo o cenho.

— Por que a sua vizinha saiu correndo quando te viu? — pergunto e a ruiva me olha com um sorriso de lado.

— Ela tem medo de mim e dos meus irmãos desde que explodimos a lata de lixo dela no Halloween. — informa e eu não entendo.

— Como assim? — indago e ela conta.

— Teve um Halloween que eu e meus irmãos viemos passar com a vovó. Então eu me vesti de bruxa e o Dan de homem bomba. — ela sorri, se recordando. — E, uns dias antes, a Sra. Willians tinha estourado uma bola nossa que havia caído no seu quintal. — ela faz uma pausa tentando não rir. — Como vingança, tivemos a brilhante idéia de fingir que tínhamos poderes de verdade. E como o Dan tinha comprado algumas bombinhas para complementar sua fantasia... — eu abro um pequeno sorriso temendo onde isso vai dar. — No dia, batemos na porta da Sra. Willians para pedirmos doces e eu ofereci pra mostrar à ela o que eu sabia fazer. Foi então que o Dan jogou uma bombinha acesa dentro da lata de lixo dela e eu encenei como se eu tivesse feito aquilo com os meus poderes mágicos. — Helena ri. — Ela tomou um susto tão grande que o filho de dela teve que levá-la pro hospital. Até hoje ela tem medo de mim.

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