A minha escritora

Santo Ridukou

8 de abril de 2019 - MANHATTAN

Ela é linda.

Linda é um eufemismo, ela é quase uma obra de arte.

Seus cabelos negros lisos brilham nesse fim de tarde, seus olhos vermelhos e grandes são bonitos. Seu corpo então... Magra, alta e bem vestida.

Uma dor atinge o peito de Hinata, quando ele sorri para ela. Um sorriso que somente fora dado a ela, quando estavam juntos.

Eles parecem felizes.

Quando Sasuke a liberou, depois de todos — Sakura, Sasuke e Hinata — , checaram os carregamentos de folhas, entrega de livros, chegada de novos autores. Ela esperou Naruto por um bom tempo, já que ele pediu para que ela o esperasse, pois iam para o cinema,
mas, contudo, ele não apareceu. Sasuke disse que poderia ter ocorrido um imprevisto nas coisas que ele fora resolver.

Sakura até ofereceu uma carona e, querendo ou não, ficou desconfiada do por que Hinata e Naruto iriam sair juntos. Lógico, que eles disseram que era trabalho, algo com os livros e encontrar Jiraya. Hinata não aceitou, já que Shikamaru lhe mandou mensagem, pedindo para que ela buscasse seu notebook na cafeteria da mãe dele.

De bom grado ela seguiu o caminho a pé. Mandando mensagem para o loiro, passaram o resto do domingo juntos antes de irem para o encontro com Sakura e os outros. Não era nada do que Naruto veio a pensar, era só apenas uma ideia para a viagem do próximo feriado. Por um lado, Naruto ficou aliviado, mas assim que viu a aliança no dedo da sua irmã teve outra ideia: Infernizar Sakura. Então ele não passou o resto da noite com ela, nem o outro, já que ele saiu dizendo que tinha algo para fazer.

Entregar dois exemplares dos livros mais vendidos nos últimos séculos, para uma amiga.

Mas o que não esperava, era vê-lo aqui, ver seu chefe tomando café com alguém no fim de tarde que era deles, para eles saírem.

Ele sorria. Não, ele gargalhava, e ela pelo visto adorava, já que babava de um jeito inexplicável, como a Sakura baba pelo Sasuke.

Uma adaga atingiu seu peito no momento em que suas mãos tocaram a dele. Seus olhos arderam, quando ele beijou a bochecha dela.

Seus sistemas entraram em pane. Seu cérebro recebia o comando, mas não o acatava.

Após ver breve momento do que para ela foi a visão do inferno, Hinata se recompôs e caminhou para sua casa, esquecendo dos seus afazeres.

Céus! Ela é perfeita.

Como pode ser tão estúpida?

Por que seu coração doía?

Estúpido coração.

Maldita sensações.

A cena deles sorrindo passava em sua mente, como um replay de um gol.

Estúpido. Maldito. Idiota.

Esses eram os adjetivos que dava ao seu coração, por sentir essa dor depois daquilo.

Dizem que quem ama é o psicológico, mas quando ele se decepciona, quem sofre é coração.

Sempre o coração. Estúpido psicológico. Maldito coração.

Enquanto tomava banho, sentia seus nervos doerem. Um vazio assolou seu corpo, no momento que voltou a pensar nele. Que ele não estaria em sua cama mais tarde.

Era sete da noite, quando ouviu batidas em sua porta.
Rapidamente lembrou-se.

Notebook. Shikamaru. O notebook do Shikamaru.
Droga, Droga!!!