O dia escorre
E, com ele, a imensidão
Resta agora na porta de entrada a solidão
Não a deixe entrar,
Não a deixe ficar, não
Que o chão é frágil que nem coraçãoO dia descobre
Que a falta faz chorar
E estende a hora amarga, o rebu do meu pesar
Não o deixe entrar,
Não o deixe ficar, não
Que o chão é frágil que nem coraçãoA noite espirra
E, com ela, o pranto vai
Esmaga o dia, a persistência da memória cai
Que eu a deixe entrar, Deus
Que ela entre e fique mais
Que o chão embora frágil sente a falta que ela faz
VOCÊ ESTÁ LENDO
Flores de Cemitério
PoetryQuando o meu fim chegar Eu não quero tanto rodeio: Só fim, fade out e sobe o letreiro Quem fica lê, chora e aprende Só que a lágrima uma hora seca A lembrança é que se estende *Arte da capa: "The Triumph of Galetea", de Rafaello Sanzio.