Prólogo

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A carruagem seguia a estrada de terra durante a bela noite de lua cheia, carregando um casal felizes e animados. Receberam a notícia que a criança iria nascer em pouco tempo, e queriam estar presentes quando acontecesse.

A pouco tempo, o rei dos demônios e o rei dos humanos entraram em acordo de paz, iriam fazer seus filhos se casarem. O príncipe herdeiro e a filha mais nova do rei. Pelo menos, era isso que esperavam, uma menina, para poder trazer futuros herdeiros.

Não demorou muito para chegarem ao castelo que estava agitado, todas as camareiras estavam prontas e arrumando o lugar aonde o bebê nasceria. As luzes do castelo estavam todas acessas e não havia ninguém dormindo, todos estão acordados para ver a criança.

Ao parar a carruagem, Carla, a rainha dos demônios, abriu a portinha e desceu sem esperar seu marido. O mesmo desce rindo.

- Calma, Carla. O bebê ainda não nasceu.

- Eu sei, e por isso mesmo estou animada, quero acompanhar tudo de perto. Estou tão feliz.

- Eu também estou. Mas mantenha a calma.

- Eu irei - disse ela, respirando fundo para tentar manter a calma.

- Sejam bem-vindos - anunciou o rei Magnus, o rei dos humanos, descendo as escadas da entrada. - Estou muito feliz que tenham vindo, desculpa os chamar tão em cima da hora.

- Não se preocupe, Sharis não é tão longe de Rose - fala Grisha, o rei dos demônios, apertando a mão estendida.

- Espero não termos chegado tarde - fala Carla, abraçando rei Magnus de forma carinhosa.

- Nada disso, chegaram bem a tempo, o bebê está quase nascendo - avisa. - Por favor, entrem, mandarei trazerem um chá para vocês.

Os três subiram as escadas e entraram no grande castelo. Os servos e os soldados que estavam ali, olham surpresos e assustados para o casal de demônios, que passam por eles sem ligar prós olhares. Eles nunca tinham visto um demônio antes, principalmente a família real, que é tão importante. Estavam curiosos e encantados pela tamanha beleza que saia deles, mesmo que tinham chifres, não diminuía a beleza.

Entraram num grande salão, se acomodam nas poltornas que ali havia, e esperavam ansiosamente.

- Me diga, Magnus - começa Grisha. - Como tem tanta certeza que nascerá uma menina?

- Bem... Eu já tenho três filhos homens, então é provável que o quarto seja uma menina - responde incerto. - E se porventura acaba nascendo um menino?

- Então eu-

- Então nós o amariamos do mesmo jeito. Queremos a paz entre nossos clãs, e não uma guerra por algo tão fútil. Mas tenho certeza que se por acaso nascer um menino, ele herdará a fertilidade de sua mãe.

- Carla, irá fazer nosso filho se casar com um homem? E nem sabemos se ele será fértil!

- Ora, Grisha, quando foi que se tornou tão preconceituoso? Nós assinamos um tratado de paz, dizia claramente que o filho mais novo de Magnus e Kuchel se casará com o nosso filho ao atingir os dezoito anos. Não diz nada sobre ser um homem ou uma mulher, e não fará diferença, existe magias de fertilização caso ocorra um imprevisto.

Entre os dois Carla era a mais inteligente e analisadora. Ela sabia que o acordo ia mais longe do que a paz entre as raças. Se para certificar que os dois clãs vivam bastante, seu filho terá que se casar com um homem, assim seja e não será o orgulho de seu marido que a impedirá disso.

Grisha sabia que sua esposa era esperta, e já contava com essa possibilidade e mesmo assim continuo o acordo. Nada o que ele dissesse faria diferença, não havia outra escolha senão aceitar.

Num suspiro longo fala:

- Muito bem, aceitaremos caso seja um homem.

Magnus sorri ao ouvir isso. O acordo se matinha de pé, tudo está indo bem, só espere que continue assim.

Alguns minutos se passaram, um chá foi servido enquanto esperavam e conversavam. Quando uma serva entrou correndo no salão.

- Majestade! Majestade! - ela para na frente do rei Magnus. - A rainha Kuchel está dando a luz ao seu filho neste momento.

O casal se levantaram e correram para acompanhar os paços do rei que ia na frente. Ao parar na porta do quarto onde sua amada estava, abriu lentamente a porta.

Kuchel estava suada e cansada, em seus braços está um pequeno bebê que bebia seu leite. Ela carrega um gentil sorriso enquanto o observava. Seus outros filhos estavam ao seu lado, observando o bebê também. Ao ver que seu marido estava na porta a olhando, fechou o sorriso.

- Eu sinto muito querido - ela fala.

Magnus se aproxima e vê um menino, tão pequeno e tão lindo. Um menino. Um menino.

Carla e Grisha entram em seguida, juntos e ansiosos para olhar o recém nascido. Ao se aproximar, vêem que é um menino.

- Um menino? Mais um? Como é possível ter quatro filhos homens?!

- Grisha! Mais modos, vai assustar as crianças! - Carla se aproxima da cama, e olha com mais atenção ao bebê. - Oh, ele é tão lindo, assim como seus outros filhos Kuchel. Como ele se chama?

- Obrigada, Carla. Fico feliz disso. E ele se chama Levi.

- Bom, agora temos que rezar para que ele tenha herdado a fertilização da mãe - fala Grisha. Um pouco decepcionado, mas feliz pelo nascimento. - O acordo se mantira, e espero que criem bem ele, daqui dezoito anos nossos filhos se casaram e eles passaram a comandar Sharis.

- Pode ter certeza, Grisha. Cuidaremos bem dele. E eu tenho certeza que ele herdou minha fertilização e nós daras lindos frutos. Afinal, ele é meu filho e as mães sabem de tudo.

- Assim espero.

Assim acabou aquela linda noite, com o nascimento do pequeno Levi e um acordo fortificado. O que o destino reservará para o nosso querido pequeno príncipe? Somente o tempo dirá.

Continua...

Epifania (Cancelada)Onde histórias criam vida. Descubra agora