32. As lágrimas de uma traidora

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- Aqui está, majestade - disse a serva para Eren, estendendo uma bandeja com duas cartas. - Chegaram hoje de manhã.

- Ótimo, pode se retirar - disse e pegou as cartas.

Quando a serva saiu, Eren abriu a que tinha o selo real do Clã dos Humanos. Quando Kuchel leu a carta, ficou muito feliz, tanto que não conseguiu dormir ou comer de tão ansiosa estava, ela e sua família comemoram e disse ainda que irão os visitar naquela semana.

Eren então pegou a outra carta e leu com receio. Carla também ficou muito feliz com a notícia, mas também ficou muito preocupada com a mensagem de Eren, e iria os visitar ainda naquela semana.

- Ótimo, talvez eu vá confronta-la na frente de todos.... Seria humilhante, mas ela merece pela forma que tratou Levi - disse Eren para si mesmo, lembrando com muita raiva o que Levi disse para ele.

E falando em Levi, o mesmo caminhava em seu jardim que agora tinha uma fonte no meio, uma bela fonte que deixava o jardim mais belo e tranquilo. Enquanto se aproximava da fonte, Levi viu Mikasa sentada na fonte, observando a água escorrer.

Não tinham conversado desde aquele dia, então se sentiu na obrigação de falar algo para ela.

- Bom dia, Mikasa - falou Levi se sentando ao dela.

- Bom dia, majestade. Como você está?

- Eu estou bem.... Nós estamos.... Mas e você? Faz tempo que não a vejo.

- Eu ando meio ocupada, Eren me deu um trabalhos a mais.

- Entendo... Então ele te castigou... Sinto muito por isso, sei que você não fez por mal - falou sorrindo. O que fez Mikasa sentir uma dor em seu peito.

- Não majestade, eu merecia isso.... Merecia coisa pior - sussurrou a última parte, Levi não escutou mas deixou para lado.

- Você conhece Eren a bastante tempo, certo? - disse mudando de assunto.

- Sim, nós nos conhecemos desde criança....

- Por favor, me conte um pouco de sua história... Eren tem tanta consideração por você, ele te ama demais e fico triste por nada saber nada sobre você.

- Ah bem.... Eu sou filha bastarda de uma prostituta com um lenhador, eles não me quiseram e me abandonaram quando eu ainda era pequena.... Para tentar sobreviver, eu roubava. Um dia, durante um desfile real na cidade, eu tentei roubar o rei. Claro que fui pega na hora... Senti tanto medo, iriam cortar minhas mãos, mas o príncipe pediu que eu fosse libertada e levada para o castelo, onde seria sua serva.

- Eren disse isso?

- Sim, acho que Hanji lhe explicou como as crianças demônios reais crescem, certo?

- Ah, sim.... É verdade.

- Bem, resumidamente, eu virei sua serva, fui alimentada e trabalhei por anos com a família real. Mas sempre nas horas livres, Eren e eu brincávamos e acabou que seus pais passaram a gostar de minha companhia e hoje sou quem sou. A guarda chefe e conselheira o rei.

- Nossa, é uma história muito triste, sinto muito pelo o que você passou.

- É passado agora.

- Sabe, Mikasa... - desviou o olhar. - Tenho que confessar que senti, e ainda sinto, ciúmes de você.

- Ciúmes? De mim? - ela arregala os olhos.

- Sim, quando a vi pela primeira vez senti muito ciúmes, vi você e Eren sozinhos e rindo, o que me deixou possesso.... Mas agora, sei que foi idiota o que senti... Vocês dois são amigos, mas do que isso, são irmãos, Eren a vê como uma irmã mais nova e te ama muito.

Epifania (Cancelada)Onde histórias criam vida. Descubra agora