13 - Museu, surpresas e reencontros

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Era meados de junho, Any estava deitada no sofá da sala acariciando a pequena protuberância na sua barriga. Falta menos de dois meses para ter sua garotinha nos braços, e se sentia extremamente feliz por isso.

Ainda sentia uma falta enorme de Josh, mas o calor de ter sua filha no ventre, amenizava a dor do seu coração. Sorria cada vez que ela sentia os mexidos quase nulos da menininha. As vezes sentia vontade de uma gravidez normal, onde o bebê chuta com vontade, mas era extremamente feliz por aquela menininha, mesmo que quase não a sentisse.

- Alô - Disse assim que atendeu o celular que tanto a incomodava.

- Oi tia, Any. - A primeira garotinha de Any respondeu do outro lado da linha.

- Lucy! - Exclamou animada. Já fazia um tempo que não falava com a menina. - Como você está querida?

- Estou bem tia, Any. E você? - Any abriu um sorriso enorme. Aquela menina tinha metade do seu coração somente para si.

- Estou bem querida. Ao que devo a honrar da sua ligação? - Perguntou, afinal, Lucy nunca a ligava se não fosse importante.

- Bem, foi o meu pai que me mandou ligar. Ele pediu para que você viesse aqui no museu histórico de LA. - Any franziu o cenho encucada. O que Josh queria com ela?

Já havia se passado quase cinco meses e ele nunca em qualquer momento que fosse, havia tentado qualquer tipo de comunicação com ela, e agora do nada ele pede para a filha dele, uma criança de seis anos, lhe ligar e pedir para que ela vá ao museu histórico de LA.

Isso era algo para se pensar.

- Okay querida, que horas é para eu ir? - A menina ficou em silêncio por um breve momento.

- Agora. Se não for incomodar. - Disse por fim, deixando Any ainda mais embabascada. Será que aconteceu algo?

Encerou a ligação, alegando que estaria lá em poucos minutos. Buscou por uma roupa qualquer que escondesse sua garotinha, apesar de tudo, não se sentia pronta para contar a Josh. Não quando ele estava noivo.

Colocou um vestido rosa bebê, soltinho que não marca nenhuma de suas curvas. Era leve e delicado, bom para um dia de sol. O caminho até o estacionamento para ela nunca foi tão grande. Estava ansiosa, e parecia que o tempo debochava dela. Assim que alcançou o carro, tratou de dar partida e rumou para o museu.

Sentia uma fina camada de suor brotar nas suas têmporas, e suas mãos deslizavam pelo volante, por conta da umidade. A ansiedade consumia o seu peito, e ela sentia que o coração iria saltar para fora a qualquer momento. Se perdeu em pensamentos, que alternavam entre seu bebê, e o que Josh queria com ela.

Assim que chegou em frente ao museu, viu uma placa com os dizeres "interditado para manutenção", franziu o cenho em confusão. Será que estava no lugar errado? Observou o lugar com cautela, e avistou Lucy sentadinha em um banquinho na porta do museu. Saiu do carro e caminhou até ela, que estava alheia a tudo.

- Ei gatinha. - Chamou a atenção da menina.

- Tia Any. - correu até a mulher que já lhe esperava com os braços abertos e um sorriso enorme. - Você demorou. - Ela resmungou.

- Me desculpe meu bem, o trânsito estava um pouquinho intenso. - Se explicou.

- A tudo bem. - Riu envergonhada e Any beijou sua bochechinha.

- Então, o que o seu pai quer? - Perguntou sentindo a ansiedade voltar.

- Não sei tia, ele me disse para vir para cá, e me mandou trazer você. - Disse caminhando de volta para o banquinho que estava sentada - Você quer entrar? Minha mãe disse que tem uma exposição de pedras lá dentro.

Life For Two... Or ThreeOnde histórias criam vida. Descubra agora