Unforgivable Love - Taekook

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E há quem diga que os amores vêm e vão, e que podemos amar verdadeira e intensamente mais de uma vez ao longo da vida... Para alguns talvez seja verdade, porém para outros, o amor vem uma única vez e jamais vai embora, mesmo que passe um longo tempo adormecido ou encoberto por outros sentimentos não tão nobres, porém tão intensos quanto.

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Depois do encontro não tão feliz com Jeongguk, Taehyung se afundou em trabalho, ou pelo menos era o que as pessoas de fora diriam, porém, na realidade, o alfa se afundou em pensamentos. Pensamentos que o levavam ao seu passado com o ômega, e até antes disso, de seu passado com a pessoa que julgara por anos, ser sua melhor amiga, Annelise.

Lhe custava acreditar que a ômega tivesse agido tão duramente em suas costas. Ela era a pessoa, além de Yoongi, com quem Taehyung sempre havia podido contar, sempre o acompanhando em suas aventuras, por mais loucas e perigosas que estas fossem.

Annelise havia feito tanto por si, o ajudado a se soltar, a aprender a confiar. Ela cuidou de si quando seu lobo e ele adoeceram, quando Taehyung ficou fraco demais até mesmo para levantar da cama. E lhe doía sim, o pensamento de que sua melhor amiga, sua irmã, tivesse sido a causadora de sua maior dor: perder Jeongguk e pensar que o mesmo o havia traído.

Eram tantos os pensamentos, todos causando confusão em sua mente, mas havia tantos detalhes que ele não podia ignorar:

Annelise sempre fazendo insinuações sobre Jeongguk.

Sempre lhe chamando a atenção sobre o comportamento do mesmo, dizendo que ninguém poderia ser tão inocente quanto ele era. E ele também não podia ignorar às vezes em que a mesma declarou seu amor de forma romântica por si.

Mesmo sabendo que jamais seria correspondida.

Ainda assim, não foram uma ou duas vezes, principalmente quando saíam para alguma festa, e ela bebia demais.

Esses pensamentos, e o fato de Taehyung ter certeza de ter deixado seu celular nas mãos da outra, no dia do ocorrido, lhe davam a sensação de que a amiga lhe mentira.

Antes, durante e por anos, sempre que lhe dizia que Jeongguk havia seguido tão logo o Kim havia ido embora, e que este era um tolo por ainda desejar o mesmo em sua vida. Ele não sabia o que realmente acontecera, mas tinha certeza de algumas coisas, e uma delas, era que Jeongguk não o havia traído, e que sua amiga tinha uma participação enorme em tudo que os havia separado.

E esta certeza, era um dos motivos pelo qual o Alfa, cerca de uma semana mais tarde, embarcava em um voo para Milão. Annelise estava lá, e também o ex secretário de seu pai, e este tinha lhe dito ter coisas em seu poder que pertenciam ao jovem Kim.

Antes de desligar seu celular, ele mandou uma mensagem para o Jeon:

“Estou indo viajar, devo voltar em uma semana, e gostaria de tentar conversar novamente com você, sem brigas, sem acusações, uma conversa limpa e verdadeira, e também passar algum tempo com o filhote, e me desculpe por perder a calma e magoar você, não era o que eu queria, nem agora, ou antes.”

Depois que apertou o botão de enviar, acabou por escrever outra mensagem.

“Jeonggukie, você fez um ótimo trabalho, Minsoo é lindo e algo me diz que não é apenas por ser uma cópia sua, algo me diz que nosso filho é ainda mais lindo por dentro. Então obrigado! Por não desistir e por cuidar dele e de você mesmo.”

E com um breve suspiro, enviou a mensagem, colocando seus fones em seguida e acionando uma playlist que nunca havia conseguido apagar, a que seu coelhinho havia feito anos atrás. Logo a voz de Whitney Houston soou e fechando os olhos, Taehyung se deixou embarcar para o mundo das lembranças. [

°°°]

Jeongguk havia tido uma semana complicada, depois do encontro com Taehyung, ele havia embarcado de cabeça no trabalho e em seu tempo livre, em atividades com o filho. Eles foram ao museu, ao parque, foram ao clube e também adotaram um cachorrinho.

Um Spitz alemão. Ainda sem nome, mas Minsoo o chamava de Tatanie... Em sua linguagem ainda infantil.

Naquela manhã de sábado, enquanto os filhotes dormiam juntos na cama do ômega, este havia acabado de colocar a roupa na lavadora, e preparava o café da manhã. Queijo quente para si, e 'waffles' para o pequeno filhote. Com frutas e suco de pêssego.

Ele dançava uma música suave, que saía dos alto-falantes da velha vitrola, enquanto arrumava a mesa do café. Nesse momento, seu celular tocou, e foi impossível para seu coração, não bater acelerado ao ver quem era. Taehyung. E acelerado era pouco, para descrever, como ficou após ler às duas mensagens do alfa.

“Jeonggukie...” Ele havia o chamando assim, após anos, e tolo como era, seu coração deu pulos que não deveria e até mesmo Ragni se fez presente, nas íris azuladas que tomaram conta dos olhos do mesmo, por alguns segundos.

E sem poder se controlar, ele respondeu: “Aceitamos ver você Taehyung, será bom para Soso e você passarem a se conhecer, e me desculpe também, eu não queria ter perdido a calma como fiz, e respondendo sua outra mensagem: ele é ainda mais lindo, ele é perfeito, mas não digo que o mérito é só meu, ele tem muito de você nele. Então, eu acredito que devemos a nós dois a criança linda que ele é.” E enviou.

Ele continuou sorrindo e dançando, e só parou quando viu na entrada da cozinha conjugada, seu filho, com o Sr. Tumnus na mão, a carinha de sono e os bracinhos estendidos pedindo colo.

Colo este sendo dado, e logo ambos rodopiavam pela cozinha, rindo, e trocando beijinhos estalados.

Ômega e filhote, pai e filho, aquecidos pelo amor que podia ser sentido ali, os aquecendo e tornando-os ainda mais completos. Ou quase...

— Eu te amo filhote.

— Eu te amo papai.

E longe, bem distante, algumas horas mais tarde, o alfa sorria com o que recebera.

Ele definitivamente era pai!