Unforgivable Love - Taekook

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Capítulo betado pela Mah, meu amor mayakthjjk, obrigada amora linda.

A vida é uma tempestade (...) Um dia você está tomando sol e no dia seguinte o mar te lança contra as rochas. O que faz de você um homem é o que você faz quando a tempestade vem.

- O Conde de Monte Cristo, Alexandre Dumas

Dizem que após momentos conflitantes, em que julgamos não possuir mais forças ou um rumo a seguir, o destino, Moros ou força semelhante, tende a abrir novos caminhos e dar a quem possui fé, novos começos e oportunidades. E é com tal pensamento em mente, tracejado em linhas tênues, que lhes digo: sejam bem vindes novamente, caras leitoras, companheiros de jornada, espectadores queridos... E ao que tudo indica, a jornada do nosso casal, assim como a sua jornada enquanto pais, parece caminhar para um novo capítulo, com alguns percalços, porém mais leves como brisas.

Após o encontro com Jeongguk e Minsoo, no supermercado, Taehyung dirigiu feliz até a casa dos Park-Min. O alfa estava tão feliz que isso resplandecia no sorriso retangular do mesmo, assim como no corpo que parecia saltitar, o que foi notado e apreciado pelos amigos. Ele chegou sorrindo, cantarolando Sinatra, dando saltinhos, para um musical da Broadway, só faltou o guarda-chuva e os dançarinos.

Não que o próprio Jeongguk estivesse diferente, embora com menos fervor. O ômega também parecia brilhar, sorrisos eram direcionados sem que fossem percebidos, deixando até mesmo sair alguns suspiros quando o alfa sorria fofo.

Ah! E o filhote? Minsoo sentia-se tímido, não conseguia acreditar que tinha perto de si seus dois papais. Seu papai Goo e agora conhecia o papai Tata, e ele era tão grandão que lhe causava medo, mas bastava o alfa sorrir que o filhote sentia que não tinha motivos para temer. O grande alfa parecia tão inofensivo quanto um filhote de coelhinho. Que seu papai Goo não o escutasse, mas em seu coraçãozinho, Minsoo sonhava com o quão quentinho deveria ser o abraço do papai alfa.

O filhote estava cansado: cansado de sonhar com o pai, de acordar e não o ter por perto, cansado de fazer desenhos que nunca foram entregues e desejar participar de apresentações às quais não era bem-vindo.

Ele não queria mais ser a criança diferente, que era apontada pelos coleguinhas como rejeitado, ou a criança que recebia olhares de pena, porém, ele não queria mais que seu papai Goo fosse alvo de palavras ruins. O filhote não tocava no assunto, mas jamais havia esquecido do dia que encontraram aquela que ele julgava ser sua vovó, e as palavras da mulher haviam feito seu papai chorar, escondido de Soso, mas ainda assim, o filhote havia escutado.

Soso queria ser normal, embora segundo seu tio Joon, não havia nada de errado em ter uma família diferente, afinal como seu tio Hobi dizia: Família eram pessoas ligadas pelo coração.

E ele queria muito isso. Ser ligado ao seu papai alfa também pelo coração, não somente pelo sangue. Até porque sangue era feio, ruim e quando aparecia, era porque Soso tinha se machucado. Ele não queria mais se machucar.

Seu papai Goo já havia lhe dito que o alfa não sabia que ele existia, e se ele podia perdoar seu papai ômega, o que o impedia de perdoar seu papai alfa? Minsoo não saberia dizer, ele queria abraçar o alfa, dizer que o queria por perto, mais do que queria os bolos de chocolate do tio Hoseok, e todos sabiam o quão apaixonado pelo doce o pequeno era.

No entanto, ele abriria mão de todos os bolos do Universo, se isso fizesse com que Tata ficasse. Soso queria beijos de boa noite, historinhas contadas pelos dois na hora de dormir, queria ser carregado nos ombros do pai alfa, enquanto o papai ômega caminhava ao seu lado. Ele estava cansado de ser somente dois, ele queria ser três, o número perfeito! Quatro, afinal havia o Tannie, o melhor cachorrinho que poderia existir. É isso, na cabecinha infantil, quatro era a perfeição. Quem sabe cinco um dia, afinal ser filho único era chato, e ele gostaria de ter alguém com quem brincar. Os números não importam, desde que ele tivesse papai Goo, Tata e Tannie em sua vida.