Os dias se passaram, para Taehyung a dor de saber que Jeongguk não era mais seu, era algo quase físico, seu lobo interior chorava pela ausência do outro, e ele se sentia cada vez mais desanimado. Nem mesmo Yoongi havia sido capaz de lhe animar nos dias que permaneceram próximos, ou seja, quando o casal de amigos estava cuidado dele completamente bêbado.
Depois do fiasco que havia sido observar o Jeon entrando na igreja, ter passado os últimos dias se afundando em um mar de álcool e autopiedade, ele havia finalmente ido até seu apartamento, depois visitado a sede da empresa de sua família. Sim, o Taehyung que almejava ser livre, havia sido deixado para trás.
Ele agora era o Presidente das empresas Kim. Seu sonho de ser um fotógrafo famoso havia se findado, e ele agora era um empresário. Sua velha Polaroide esquecida na gaveta, assim como os vários filmes nunca revelados, de sua mocidade.
Ele não precisava de lembretes do que havia deixado para trás. Ele não precisava de lembretes do que havia perdido.
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Enquanto em algum lugar da cidade Taehyung tentava se erguer, se acostumar com sua nova vida, e deixar seu passado para trás, no lugar que deveria.
Jeongguk retornava a sua rotina habitual, com o casamento cancelado, ele havia gastado um bom tempo devolvendo os presentes e cancelando a lua de mel, Dyllan não queria conversar consigo, e ele o entendia.
O alfa havia sido um grande amigo por longos anos e não merecia que Jeongguk o deixasse assim, às vésperas do matrimônio, justamente no dia do mesmo.
No entanto, ele não poderia seguir com aquilo, ainda mais ao ouvir seu filhote conversando sozinho e dizendo: “Papai do céu, eu não queria um outro papai, mas se for para o papai Gukkie parar de chorar todas as noites, eu vou ficar bem” E Jeon sabia que independente de quem estivesse ao seu lado, ele ainda assim choraria antes de dormir. Então, agora era retornar aos afazeres, fosse como pai, ou como chef no restaurante que Seokjin tinha com os primos de Jeongguk.
Portanto, após deixar o pequeno Minsoo na escolinha, onde o mesmo havia ficado radiante ao observar a pequena Park Yiejin, filha de Jimin e Yoongi, — tanto que os longos beijos que costumava dar no pai, haviam se tornado apenas quatro, — o pequeno segurou na mão da amiga e juntos foram para a sala de aula.
Virando-se, ele viu Jimin, e o mesmo sorriu para si. Ambos engataram uma conversa amena, sobre as crianças e embora o Jeon tenha notado o Park meio ausente e nervoso, não deu tanta bola, se despedindo do mesmo e indo até o carro. Partindo para o trabalho. Deixando Jimin na calçada, esperando por alguém, ninguém menos que Kim Taehyung. Para juntos irem até o centro. Onde se localizava o trabalho do Park, e o apartamento do Kim. Curiosamente, era onde se localizava também o restaurante onde Jeongguk trabalhava. O que logo seria de conhecimento do alfa.
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A tarde se passou para Taehyung com calmaria, o alfa havia tido algumas reuniões, entrevistado alguns possíveis assistentes, incluindo dois ômegas e um alfa do sexo masculino. Para si, as oportunidades deveriam ser igualitárias, e tanto homens quanto, mulheres deveriam ter a mesma base e oportunidade, independente de seu gênero, fosse o primeiro ou segundo. Kim Taehyung era conhecido por sua firmeza, e justiça, ele não tratava os menos afortunados com descaso, ou fazia pouco de suas classificações, considerada superior, trabalhar para o Kim era o desejo de muitos, afinal na Kim's, você era valorizado como pessoa e como profissional. E Taehyung se orgulhava disso.
Olhando o relógio, o alfa viu (faltavam) menos de uma hora para a saída da pequena, Jimin havia combinado consigo de que o Kim buscaria Yejin na escola, e depois o alfa levaria a pequena até a sorveteria. Taehyung sentia falta de sua princesinha.
E estava feliz por finalmente passar algum tempo com a mesma. Então, pegando sua pasta, ele se despediu da secretária substituta, e desceu para o térreo, logo se dirigindo até a escola de Yejin.
Cantando uma música qualquer na rádio.
Chegando lá, o alfa se identificou, recebendo autorização de entrar na mesma, e seguiu a alfa que trabalhava como monitora, ela o ensinou o caminho, e logo ele se viu em frente a uma das salas de aula, outros pais e responsáveis, já aguardavam o sinal. Dando um bocejo, Taehyung se sentiu em uma das cadeiras dispostas no corredor e começou a mexer no celular, respondendo alguns e-mails, e checando suas redes sociais.
E como eu já disse, o destino tem um modo curioso de agir. Enquanto o Kim comentou uma publicação de Yoongi, do lado de fora, um ômega caminhava apressado, se aproximando da entrada da escolinha.
Jeongguk não gostava de atrasar, e estava atrasado, visto que o seu carro havia quebrado e ele precisara pegar o metrô. Sorrindo para Mia, a beta da monitoria, ele caminhou apressado para a sala de Minsoo.
Antes de virar o corredor, foi parado por Jiyun, o alfa que era supervisor da escola, Jeongguk não queria perder tempo, porém era educado demais e ouviu o que o alfa queria, batendo o pé nervosamente.
Ele ouviu do alfa que a escola teria uma apresentação de páscoa e que todos os pais teriam tarefas a cumprir, — a escola prezava essa interação entre pais e corpo escolar. — sorrindo o ômega disse algo para o outro e olhou mais uma vez no relógio, haviam se passado mais de cinco minutos, desde que o sinal havia batido.
O que significaria um pequeno ômega olhando assustado ao redor, à sua procura.
Se despedindo do alfa, ele caminhou para a sala. E dobrando o corredor, parou abruptamente. Minsoo conversava com Yieji, e um homem. Não foi preciso muito para que Jeongguk soubesse quem era e para que seu coração acelerasse.
O homem de costas, num terno escuro, era ninguém menos que Kim Taehyung. E o alfa se virou surpreso, quando Minsoo deu por sua presença e gritou por si.
— Papai, você chegou…
Os olhares de ambos se cruzaram e por um segundo, foi como se o tempo houvesse parado, e o ar ficasse rarefeito.
Então, como num filme, — daqueles bem clichês e nos quais o espectador sabe que tudo poderia ser facilmente resolvido, no entanto, o protagonista resolve agir de modo a talvez dificultar, ou quem sabe dar mais emoção a trama, — tudo voltou ao normal e Jeongguk fez o que não deveria.
Mas lhe pareceu a atitude mais acertada, pegou Minsoo no colo e praticamente fugiu.
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Unforgivable Love - Taekook
أدب الهواةPode o tempo curar feridas ou algumas são tão profundas que jamais irão cicatrizar? Taehyung amou Jeongguk, Jeongguk amou Taehyung. Ambos eram jovens, apaixonados e desejavam um felizes para sempre que nunca veio. Teria o Destino se intrometido no c...