× CAPÍTULO TRÊS ×

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PARCEIRO

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PARCEIRO.

Parceiro.

Parceiro.

O baque surdo que ecoou dentro do meu ser, selando nosso destino, era a confirmação que eu tanto temia: o macho que estava em baixo de mim era meu parceiro.

Mas que merda!

Eu não poderia ter um parceiro, não agora. Nem nunca, para falar a verdade. Um laço de parceira significava amor incondicional, confiança cega na pessoa que o Caldeirão decidiu que era o melhor para você. Um parceiro sempre vinha em primeiro lugar, acima de todo o resto, sempre a prioridade número um...

A maior das fraquezas.

A parceria poderia servir como a arma perfeita nas mãos de possíveis inimigos. Eu mesma já havia perdido a conta de quantas vezes a Guarda Real usara esse método de tortura para conseguir extrair informações de rebeldes durante a Revolta em Hybern. Era um tipo diferente de tortura - uma capaz de destruir a alma de um feérico brutalmente, despedaçando-o por dentro.

E agora eu tinha um parceiro.

O pensamento do que Hybern faria com ele se descobrisse... Como o usariam contra mim, para me obrigar á fazer parte de seus esquemas mais uma vez... Apenas imaginar as atrocidades que ela faria para machuca-lo fez com que meu estômago embrulhasse, a bile subindo pela minha garganta.

E ela faria qualquer coisa para me ter de volta, mesmo eu tendo escapado e a roubado.

Você e eu estamos destinadas á grandeza, me dizia ela, Podemos fazer com que o mundo fique ao nossos pés, molda-lo ao nosso modo.

- Parceira. - disse Azriel, me puxando para fora do turbilhão de pensamentos que me assombrava. Sua voz estava rouca, mas firme, enquanto ele me encarava como se tudo no mundo dependesse de nossos olhares conectados. E então ele rosnou, rosnou: - Minha.

Não consegui fazer nada além de encara-lo de volta e engolir em seco. Sim, eu era dele e ele era meu. Nós não nos amávamos, nem sequer nos conhecíamos, mas a parceria era um indicativo de que, em um futuro próximo, estaríamos apaixonados. Em um mundo perfeito, isso até seria fácil, mas não vivíamos em um mundo assim, ou pelo menos eu não.

Demorei um pouco para registrar o aperto de suas mãos em minha cintura e o fato dele estar se levantando para aproximar o rosto mais perto do meu, perto demais. Eu ofeguei quando ele nos sentou e me apertou contra ele, suas mãos se movendo firmes em direção á minhas costas e minhas pernas rodeando seus quadris largos. Alguns flocos de neve salpicavam seu cabelo, se espalhando por seus ombros e sobre suas asas... Asas realmente muito grandes.

Pensamentos completamente inapropriados tomaram minha mente quando o montei na intenção de deixa-lo inconsciente, mas eles definitivamente estavam muito piores agora que nossos corpos estavam tão colados um no outro.

{ A COURT OF SHADOWNS AND DARKNESS }Onde histórias criam vida. Descubra agora