× CAPÍTULO TRINTA E UM ×

7.5K 585 384
                                    

- PRECISAMOS CONVERSAR

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- PRECISAMOS CONVERSAR.

Apertei o manto mais junto do corpo ao passar por um pequeno grupo de pessoas que caminhava ao lado do Sidra. Os feéricos quase esbarraram em nós e se viraram com sorrisos amistosos para mim e Feyre, se desculpando.

E então continuaram seu caminho. 

Como se não tivessem acabado de encontrar acidentalmente com uma Grã-Senhora.

Eu sorri internamente com aquilo... Era tão diferente de Hybern. O jeito que meus pais governavam a Corte Noturna... Nada como o reinado de Atye. Percebi com um calafrio que, se Atye passasse pela mesma situação de quase ser tocada por um cidadão, ela os puniria em praça pública por seu desrespeito.

- Nenhuma conversar boa começa com essa frase - eu avisei Feyre, tentando afastar meus pensamentos daquele reino infernal.

Eu tinha saído e estava com a minha família agora. Hybern e Atye ficaram no passado. Eu precisava seguir em frente.

Era isso que eu estava repetindo para mim mesma freneticamente entre os treinamentos com meus pais, as saídas com Mor e Cassian para o Rita's e as tardes tomando chá com Amren e Nestha. 

Eu ainda não tinha trocado uma palavra com Amren sozinha depois daquele sermão na biblioteca que serviu de alguma coisa, por mais que eu fosse cortar minha língua fora antes de admitir para alguém. Porém, Nestha passou a me convidar para tomar chá com ela e... Bem, as coisas estavam boas.

A vida estava boa. Como eu nunca imaginei ser possível.

Feyre colocou as mãos enluvadas dentro dos bolsos do sobretudo, protegendo-as do frio. A cada dia que passava, o solstício se aproximava - nosso aniversário, o primeiro que passaríamos juntas em anos, se aproximava. Assim como a reunião na Corte Crepuscular, a qual já havia sido marcada e confirmada.

- Eu estava pensando se... - Feyre, que sempre exibia um sorriso gentil e parecia pronta para qualquer coisa, parou de caminhar.

Eu olhei por cima do ombro, esperando que ela continuasse. Havia se tornado um hábito passarmos tempo juntas agora e, de todas as nossas saídas, ela nunca parecera tão inquieta quanto hoje.

- ...Se você queria ir até o Quarteirão dos Artistas? - ela finalmente disse, a frase soando mais como uma pergunta cautelosa do que o necessário.

Era mentira. Eu sabia que não era isso que minha mãe estava prestes a me perguntar e, por mais que eu estivesse doida para saber o que a fez mudar de ideia no último segundo, eu também estava ansiosa para ver a tão falada parte de Velaris dedicada a arte.

Por isso eu sorri, dando um passo  para trás e enganchando meu braço no dela.

- Eu adoraria.

Minha mãe colocou a outra mão sob meu braço, dando um aperto reconfortante enquanto caminhávamos em direção a um conjunto de cortiços, atravessando a rua para andar rente as vitrines das lojas.

{ A COURT OF SHADOWNS AND DARKNESS }Onde histórias criam vida. Descubra agora