×CAPÍTULO TRINTA E OITO×

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- PRECISAMOS SAIR

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- PRECISAMOS SAIR.

- Não.

- Precisamos, sim.

- Mexa-se e eu vou te dar um soco... É sério!

Azriel apenas riu suavemente, o som rouco vibrando pela minha barriga, onde seu rosto estava repousando tranquilamente nos últimos minutos. Minhas mãos escovavam seu cabelo, massageando levianamente enquanto seus dedos traçavam caminhos pelo meu abdômen, causando-me arrepios frenéticos.

Depois que ele se retirou de mim - com muito protesto da minha parte, claro -, nos abraçamos nessa posição, o brilho da noite banhando nossos corpos nus através das portas de vidro da varanda...

Tínhamos transado! Quem eu estava tentando enganar? Eu não estava sequer ciente de nada além do fato de que havíamos acabado de dormir juntos!  

E... Meus Deuses. Foi surreal.

Certo, eu não tinha experiências passadas para comparar, mas a verdade era que eu nem precisava! Havia sido perfeito... Azriel havia sido perfeito. Tudo bem, eu sabia que ele queria ir devagar para não me forçar demais, mas não tinha como esconder que ele achou um jeito de transformar até isso em uma tortura lenta e deliciosa.

Dominador. Era o que meu parceiro se tornava na cama. Talvez com um leve toque de sadismo também. E eu definitivamente queria mais disso.

Foi bom pra caralho!

Se eu não estivesse desemparada de exaustão com os últimos resquícios da dor, eu estaria dançando e pulando de alegria. Incrível... Maravilhoso. 

- Essa cama é literalmente a única coisa que temos aqui- veio sua voz baixa e quente, me trazendo de volta. - Precisamos de mantimentos. Comida e cobertores. Sei que estamos quentes por agora, mas o loft não tem proteção mágica contra o frio, então logo estaremos congelando.

- Ou... - eu interrompi, ainda escovando seus cabelos. - Podemos encontrar maneiras de nos mantermos aquecidos durante o resto da noite. Eu tenho algumas sugestões que acho que merecem ser levadas em consideração.

Sua cabeça se ergueu e seu queixo esculpido ficou apoiando em minha barriga quando os olhos dele me encararam duramente. Eles estavam quase derretidos, como se um fogo começasse a se acender.

- Então vamos ouvir essas sugestões.

Eu sorri abertamente, me apoiando nos cotovelos e erguendo meu pescoço, deixando seus fios sedosos para trás e vendo meu próprio cabelo - bagunçado e selvagem - caindo para trás no colchão enorme. E quando eu dizia "enorme", eu queria dizer que a cama era gigante, feita para abrigar no mínimo dois feéricos alados.

Ele pensou nas minhas asas também quando a escolheu. 

Fazia meu coração derreter com carinho e meu estômago apertar com o medo repentino. Azriel iria querer conversar sobre as asas em questão mais cedo ou mais tarde e não havia como eu fugir disto - acredite, passei um tempo pensando em minhas escapatórias nesse assunto e cheguei a trágica conclusão de que... Não tinha nenhuma.

{ A COURT OF SHADOWNS AND DARKNESS }Onde histórias criam vida. Descubra agora