×CAPÍTULO QUARENTA E DOIS×

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ERA UM CORREDOR escuro e um pouco úmido

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ERA UM CORREDOR escuro e um pouco úmido. Não havia muitas fontes de luz e o único som eram os nossos passos combinados batendo sobre o chão. Ah, e também havia a voz de Cassian importunando meus ouvidos, repetindo a mesma coisa desde que chegamos naquele lugar sombrio.

- Ele não concordará. - retornou a dizer meu tio, andando precisamente apenas um passo atrás de mim.

- Ele vai. - eu falei arrastado, tentando não me irritar. - Não se preocupe.

Rhys e Nestha também estavam ali, mas eles tinham o bom senso de se manter em silêncio conforme percorríamos o caminho. Eu apressei o passo, fugindo descaradamente de Cassian e suas fortes objeções contra o que eu ia fazer. 

Acabei puxando Azriel comigo. Ele não teve problemas ao me acompanhar, mas deu um apertão em minha mão, dando-me forças. 

Assim como ele, eu vestia trajes illyrianos. Nada como uma armadura de batalha, mas ainda era feito para lutar.

- Passei quase uma semana cuidando desse merdinha. - Cassian insistiu, suas asas encolhendo-se para passar pelo corredor. - Confie em mim, ele não vai concordar com isso.

Com isso, nosso grupo parou bem em frente á uma cela. Eu olhei por cima do ombro, sorrindo para Cassian.

- O desafio está aceito. - eu disse, jogando meu cabelo para fora do rosto e sorrindo.

Uma mão apertou meu ombro. Meu pai. Ele me deu um olhar que eu não consegui descrever.

- Não brinque com essas coisas, querida. - disse ele, mas estava sorrindo.

Eu bufei, dispensando os dois enxeridos. 

- Sei o que estou fazendo. - repeti o que já havia falando antes de descermos para cá. - Eu o conheço.

Nestha encostou as costas na parede, cruzando os braços sobre o peito. Ela vestia uma roupa preta parecida com a minha, seu cabelo preso em um coque alto e firme ajustado por uma trança.

- Não fala muito sobre ele. - comentou ela.

- Não falo sobre nada de Hybern, á não ser que seja necessário. - com um olhar de todos, eu cedi: - Ou que eu precise desabafar. Mas acredite, conheço o pouco que há para se conhecer dele. - eu franzi o nariz com desgosto. - É bem desagradável, mas sei ele dirá sim.

Rhys assentiu para mim, e lançou um olhar para Cassian. 

Meu tio fechou a boca antes de questionar-me sobre isso ainda mais, apontando com o queixo para minhas costelas.

- O que tem na bolsa? - perguntou ele, se contendo.

Eu balancei a alça de couro que segurava em meu ombro, balançando a pequena bolsa que descansava em meu quadril. Foi um movimento calculado, já que eu não podia me dar ao luxo de quebrar o que estava ali dentro.

{ A COURT OF SHADOWNS AND DARKNESS }Onde histórias criam vida. Descubra agora