A tarde na piscina foi divertida, depois de quase morrer afogado naquela piscina enorme por não saber nadar, Levi me carregou até a borda de volta e conversamos por um tempo, quando a carne ficou pronta todos seguimos para a grande mesa que ficava perto da churrasqueira.
Hange parecia desanimada, mesmo com um sorriso no rosto e sentou bem longe do loiro que ela estava agarrada antes, estava do lado da Mikasa falando muito e minha irmã com a cara de nada de sempre só acenava com a cabeça, Armin conversava animado com Petra, animado até demais, e Levi me encarava como sempre, sorri em sua direção e ele desviou os olhos, senti minhas bochechas vermelhas e comi um pedaço da carne sentindo aquilo derreter na minha língua.
-Dos deuses.
-Você gostou? -Erwin, chefe de Levi, me perguntou, eu concordei com a cabeça sorrindo em sua direção.
-Nem tenta, sobrancelhas.
O Arckeman pareceu incomodado e eu me pergunto o porquê, o senhor Smith riu levemente parecendo se divertir com a situação esquisita, eu pisquei olhando de um para o outro.
-Deixa de ser territorial Levi, não precisa mijar no garoto.
-Então mantenha seu pau longe. -Ele quase rosnou.
-Você ainda não superou? Eu já te falei que não sabia.
-tsc, mantenha-se longe, está avisado.
O loiro riu ignorando a carranca do menor e continuou comendo como se não ligasse para nada.
Quando todos terminaram de comer cada um seguiu para um canto. Mikasa e Hange estavam de novo na borda da piscina próximas demais, Armin falava alguma coisa baixo para Petra que corava a cada cinco segundos, os outros falavam de trabalho e eu fiquei olhando para o nada pensando nas peças que precisaria encomendar amanhã.
Vi Levi se levantar e entrar na casa e na curiosidade fui atrás, ele subiu as escadas e eu imaginei que tenha ido fumar na sacada, o vi abrir a porta do quarto e segui direto até lá.
O segui e ele parecia já saber da minha presença, me ofereceu um e eu não aceitei, esperei ele terminar encostado na mureta de vidro e fiquei observando seus olhos azuis.
-Não tem como eu ser paciente com você me olhando assim. -Ele já estava na minha frente e eu pisquei sem entender antes de seus lábios tomarem os meus com certa agressividade, sua língua entrou na minha boca e eu me arrepiei com o contato quando retribuí, puxei suas pernas trazendo-o para meu colo e o pressionei na porta, senti que fosse queimar de dentro para fora, minha respiração ficou irregular e nos separamos para respirar, eu continuei o pressionando descendo o beijo para seu pescoço fazendo uma pequena marca vermelha ali, minhas mãos agarravam com força suas coxas e escorregaram até sua bunda, apertei com força e gememos juntos enquanto voltávamos a nos beijar, ele garrava meu cabelo com força com uma mão e a outra arranhava meus ombros, eu senti que ia explodir e entrei em combustão quando senti nossos membros duros se esfregarem um no outro, escutei meu próprio gemido e me envergonhei, percebendo a situação.
Me afastei devagar e coloquei suas pernas no chão, ele me olhou com os olhos nublados, os lábios inchados, cabelo bagunçado e o rosto vermelho, me segurei para não o atacar de novo.
Suspirei e lhe dei as costas.
-Está arrependido?
Sua voz mais rouca que o normal me fez parar de respirar por um segundo, me arrepiei e arrumei o cabelo, ele continuou antes que eu respondesse.
-Não me faça de idiota, Yeaguer, não me pegue assim e depois faça essa cara de arrependido!
Ele esbravejou e eu travei.
-Desculpe eu-
-Se não sabe o que quer, não me faça perder tempo.
-Foi você quem me beijou -Minha cabeça parecia processar as coisas mais lentamente, eu ainda estou tentando dissipar as sensações.
-Você não tem o direito de fazer isso, eu já disse que não seria o seu teste drive de sexualidade, se pensa que vai se agarrar comigo para se fingir de hétero depois está muito enganado.
-Eu sei o que quero, Levi, já tivemos essa conversa.
-Tem certeza que sabe?
Eu não sei o que quero?
O que?
Não, eu o quero, eu lhe disse isso, então por que me sinto culpado?
Acordei breve transe que entrei com o barulho da porta do quarto batendo.
Meu coração bateu acelerado e eu senti uma dor desconhecida, minha vontade era de ir atrás dele e resolver, e foi o que fiz, não o vi no segundo andar então desci e o encontrei na cozinha lavando louça, ele não me olhou quando parei ao seu lado.
-Levi
-Eu fui bem claro com você, Yeaguer.
-Eu também, me escuta -Peguei em seus braços e o virei para mim, ele me encarou e senti medo da sua aura assassina, ignorei e respirei fundo antes de falar- Eu não menti para você, eu sei o que eu quero, mas isso não impede de eu me surpreender e me sentir perdido com as sensações, Levi, nunca foi tão intenso com mais ninguém e você sabe disso, você também sentiu, não me use de desculpa para fugir. Decida-se você, Ackerman, se vai ou não fugir desse sentimento e quando souber do que quer de verdade eu estarei na casa ao lado.
Soltei seus braços e seu olhar suavizou, ele ficou encarando a janela atrás de mim e eu me afastei.
Fui para casa e dormi o resto da tarde e noite que restava, não vi Mikasa nem Armin chegar, apenas me desliguei de tudo e apaguei.
No outro dia mais cedo do que o costume abri a oficina e adiantei alguns carros que estavam ali, estava debaixo de um quando escutei uma buzina, sai de onde estava e fui ver quem estava lá na frente.
Sete viaturas estavam sendo estacionadas por reboques na frente da oficina, Mike acenava para mim se aproximando.
-O que é isso?
-Precisávamos de um bom mecânico e o capitão nos indicou você, e eai cara? Acha que pode fazer isso?
Concordei com a cabeça não acreditando.
-Capitão?
-Sim, o Ackerman.
Olhei para a casa vizinha e meu coração acelerou enquanto meu estômago revirava, meus olhos lacrimejavam e eu suspirei.
Eu 'to muito ferrado.
Notas finais: Capítulo revisado e corrigido.
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O vizinho
RomanceLevi é um homem com uma rotina e vida pacata que vive em um bairro calmo e limpo para balancear o estresse e correria constante do seu cargo de capitão na policia. Tudo continuaria na mais perfeita ordem se o seu mais recente vizinho não fosse um gr...