Acordei sentindo a luz extremamente forte acima de mim me cegar, cerrei os olhos com força piscando em seguida, tentando me acostumar com a claridade exagerada do cômodo.
Meu corpo doí especificamente no ombro, mas não me sinto tão cansado quanto estava quando o médico estava falando, admito que estava tão letárgico que deixei passar o fato de saber exatamente quem era a pessoa que me atendeu.
Olhei para o lado vendo que já era noite pela janela, havia dormido o dia todo então.
-Finalmente acordou. -A voz da minha mãe me fez olhar para o lado, sentei-me com sua ajuda, sem necessidade, e olhei em volta, ela agora me fazia cafuné.
Eren estava sentado na poltrona em frente à cama com as mãos cruzadas embaixo do queixo e os cotovelos apoiados no encosto, estava lindo como sempre, mas sua expressão carregava uma carranca irritada, enruguei as sobrancelhas diante disso e olhei para meu pai em pé ao lado de Hange que sussurrava alguma coisa com ele.
-Ei, vocês dois. -Chamei, Hange se virou com um sorriso amarelo e eu desconfiei da sua expressão culpada.
Olhei para Eren que parecia perdido em pensamentos e olhei para Hange que deu de ombros, fugindo da pergunta silenciosa.
-Estávamos esperando você acordar para te levar para casa meu pequeno rabugento.
Minha mãe disse me fazendo passar a mão pelo rosto. Merda.
-Já recebi alta?
-Sim -Hange respondeu- O Eren foi pessoalmente pegar na sala do Doutor Fritzz.
Ela carregava um olhar um tanto sádico agora e eu me pergunto que merda esses dois fizeram.
-O que você contou quatro olhos?
Perguntei irritado torcendo o nariz em sua direção, ela sorriu e cutucou Eren, fazendo ele acordar de seu transe esquisito, quando percebeu que eu encarava sem disfarçar corou e sorriu em minha direção.
-Vamos querido? Te levaremos para casa, Eren disse que vai cuidar de você.
Quem falou de forma melosa foi meu pai, me fazendo revirar os olhos, levantei com aquela maldita camisola aberta atrás e encarei todos que se encolheram e viraram de costas, peguei uma muda de roupa deixada em cima da cama e fui até o banheiro adjacente, me livrando daquela merda.
Quando estávamos no carro do meu pai indo em direção á minha casa, escutei minha barriga roncar, Eren que estava do meu lado sorriu.
-Vou fazer o jantar quando chegarmos. -Ele disse acariciando minha bochecha e eu apenas concordei, fechando os olhos com o carinho.
Minha mãe do banco do passageiro se virou.
-Que genro maravilhoso, vai até cozinhar para o meu pequeno.
Bati a mão na testa tentando disfarçar a vergonha que me assolou e escutei a gargalhada de Eren e Hange no banco de trás comigo, filhos da puta.
Quando me virei em direção ao moreno para xingá-lo ele me encarava intensamente e perto demais, perdi a vontade de xingar e lambi meus lábios, umedecendo-os.
-Você fica lindo corado. -Rosnei com sua audácia e soquei seu braço, fazendo ele reclamar e massagear o local.
-Armin e Mikasa perguntaram se você está bem. -Hange falou, eu apenas acenei com a cabeça. -Eu avisei que estava tudo ok e que não precisavam vir mais cedo, eles mandaram melhoras.
Olhei pela janela decidido a ignorar a todos durante o resto do percurso.
Pelo menos até sentir os dedos de Eren se entrelaçando com os meus, não neguei o contato e não olhei em sua direção, constrangido demais para isso.
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O vizinho
RomanceLevi é um homem com uma rotina e vida pacata que vive em um bairro calmo e limpo para balancear o estresse e correria constante do seu cargo de capitão na policia. Tudo continuaria na mais perfeita ordem se o seu mais recente vizinho não fosse um gr...