Jane Austen?

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Um capitulo um pouquinho maior 

POV Natalie Grace Evans. São Francisco, Califórnia 03:50 AM

Eu estava indo a caminho do que poderia ser meu inimigo, mas era necessário e não havia nada que eu pudesse fazer. Finalmente poderia começar a agir e estava bloqueando quaisquer pensamentos pessimistas que poderiam me fazer desistir ou ficar com medo.

Segurei a arma do meu pai que minha mãe tinha me dado mais cedo e depois passei os dedos pelas arranhaduras do cabo adquiridas ao longo do tempo. Em um determinado momento olhei para o coração com as letras J e N desenhadas no cabo, que fiz aos 10 anos de idade.

Olhei para o céu preenchido pela cor arroxeada da madrugada, e minhas mãos tremiam ao apertar a arma contra meu peito, mas não me permiti quebrar naquele momento.

- Isso é por você papai. – disse, olhando para a casa enquanto abria a porta do carro.

Os únicos ruídos eram os latidos de um cão e o salto de minha bota contra o asfalto. Minha mão logo ficou dormente de tanto apertar a arma. 

 Andei calmamente, dando passos pequenos. Quando meus dedos estavam a segundos de tocar a campainha, ouvi vozes na parte traseira da casa.

Sibilando e sussurrando, era possível ouvir vozes masculinas e femininas rindo e conversando. Pressionei meu corpo contra a parede lateral da casa, pisando na grama com cuidado para que os saltos não fizessem barulho.

Caminhei vagarosamente em direção as vozes, assoprando os meus cabelos para longe do rosto. Só não o prendia, pois ele se soltaria rapidamente sem a ajuda de uma gominha, que eu não tinha naquele momento. Fiquei nas sombras, meu coração martelando no peito. Coloquei meu rosto no vão para observar, mas os donos das vozes já não estavam mais ali. Eles tinham se esgueirado pelas paredes e entrado na casa. O terreno estava livre.

Agradeci mentalmente ao frio por ter me feito colocar uma blusa com mangas grossas, pois caso contrário ao me esgueirar pela parede como os intrusos fizeram meu braço seria todo esfolado no muro revestido de pedra brita.

Prendi a arma no cós da calça jeans e respirei fundo ante ao pulo que dei para me pendurar nas pedras da parede. Não era possível ouvir nenhum barulho àquela altura, nem mesmo os latidos do cão.

Os moradores daquela casa corriam perigo e eu precisava intervir antes que alguém se intrometesse e atrapalhasse meus planos. Justin Bieber poderia estar ali e eu não deixaria que ninguém se colocasse no meio de nós dois. Só esperava que ninguém ouvisse os ruídos do meu salto em contato com as pedras. 

Se alguém estivesse mexendo com o Bieber eu teria prazer em mata-los.

Retomei meu fôlego algumas vezes antes de continuar a escalar. Era como todas as escaladas nas montanhas que fui me aprimorando com o tempo. Não era difícil. Desde que eu não fizesse barulho e eles viessem atrás de mim.

Não me permiti pensar no que aconteceria se algumas daquelas pedras estivessem soltas. Minhas mãos sangravam cada vez que eu as colocava em contato com a parede, e encolhi o corpo quando minha bota criou um chiado. Dei meu último passo e entrei pela janela aberta.

Corri para a parede e me mantive colada a ela, enquanto recuperava o fôlego novamente. Olhando para o cômodo percebi que se tratava de um escritório. Fotos de duas crianças loiras estavam alojadas na escrivaninha, embora mais da metade abordassem um homem de cabelos loiro mel, olhos também da cor mel sorrindo ou fazendo caretas. Rapidamente me dei conta que se tratava do dono da casa. Justin Bieber.

Parei na curva do corredor e arrisquei uma olhada para a curva, suspirando de alivio ao vê-lo vazio. Havia uma escada que levava ao andar inferior intermediando entre o ambiente que me encontrava e uma outra porta fechada.

Downfall of BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora