Um limão escorregadio

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POV Justin Drew Bieber San Francisco Califórnia.

Eram 02:34 da madrugada e eu estava esperando dar a hora da largada. Finalmente iria ver se Johnny ensinou tudo que sabia sobre rachas para a filha, porque atirar eu percebi muito bem que ela é capaz de fazer com perfeição. O que só me irrita mais já que isto me pegou de surpresa por não estar anotado em sua ficha.

Fico me perguntando o que mais ela sabe fazer que não está anotado naquelas folhas.

Lembro que eu estava tão transtornado no dia da invasão que nem me toquei que ela era a mesma da foto que eu tinha visto anteriormente. Além disso, sendo sincero, aquela fotinha 3x4 não fazia jus ao que ela é pessoalmente.

E ai está o motivo pelo qual estou evitando-a, querendo o mínimo de contato possível com alguém que pode foder com tudo a qualquer instante.

Só esqueci de pedir a minha equipe para que fizesse o mesmo.

Encaro Chaz que estava olhando sem nem disfarçar para a bunda de Natalie, enquanto esta  –sempre provocativa – rebolava ao som de Cardi B.

Desvio o olhar para o celular, vendo que ainda faltam 5 minutos para começar. Contudo não era esse meu interesse.

Meu pai tinha acabado de mandar uma foto da minha irmã brincando com seu cabelo enquanto Jaxon abria um de seus sorrisos banguelos. O garoto tinha acabado de perder dois dentes de uma vez e ainda conseguia dar esse sorrisão.

Forte como o irmão.

As únicas pessoas pelais quais eu sacrificaria tudo.

-  Bieber! – levanto meus olhos e vejo Natalie com um sorriso de canto a canto e uma lata de cerveja na mão. – Está na hora de você parar de usar o SE comigo. – ela grita de longe.

- Aqui não é Fallon Natalie, tenha cuidado com o que promete. – Grito de volta. Ela dá uma risada, pisca um olho pra mim e caminha até o carro.

Envio um boa noite para meus irmãos, guardo o celular no bolso e encaminho-me para perto da estrada, vendo Natalie beijar o cano de uma arma, estralar o pescoço e ligar o rádio do automóvel.

Quando uma mulher finalmente dá a largada vejo Natalie arrancar junto com os outros corredores. Ela está acelerando em grande velocidade. No início Natalie, um Camaro e uma lamborghini estão emparelhados, mas de forma muito antecipada o Camaro aciona seu Nox, querendo começar com vantagem. A atitude dele intimida seu concorrente a fazer o mesmo.

Bando de povo pipoqueiro que não sabe esperar o momento certo.

Felizmente Natalie não seguiu os idiotas e guardou seu Nox para o fim. Infelizmente os dois carros emparelhados fecharam a rua, bloqueando qualquer chance que Natalie pudesse ter de ultrapassa-los.

Em uma atitude desesperada Natalie faz um power over e vira esquerda, entrando em uma via de contra mão, me deixando puto, porque depois de mais de cinco horas treinando era pra ela ter se acostumado com as ruas.

Ao meu redor vejo todos rindo e zombando dela e de mim indiretamente, já que ela está me representando. Puto da vida peguei o celular para assistir através da transmissão do drone que Chris providenciou para equipe. Vejo Natalie desviando e revezando entre as duas vias até que ela entra em uma righway alcançando no mínimo uns 250 km/h.

O que me deixou mais chocado foi a maneira como ela controlou aquilo tranquilamente, sem dificuldade de manter constante uma velocidade absurda, dificuldade pela qual pilotos profissionais passam.

Em poucos minutos ela chega ao final da avenida. E é ai que toda a minha raiva passa, porque ao olhar em volta e notar todos observando perplexos ela chegar em primeiro, eu sinto um puta orgulho, porque não ouço apenas cochichos do quanto ela é boa, mas o meu nome também está no meio.

Downfall of BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora