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[...]

— Tudo bem? — Diz o meu irmão, ele fazia cafuné em mim, meu olhos estavam vermelhos de tanto chorar, parece que eu fumei uma maconha ou algo parecido.

— Mais ou menos, eu ainda lembro dele, infelizmente. — Digo o abraçando, e fechava meus olhos.

— Olha, eu não entendo o porque ele ainda tá solto, fez a porra de uma trabalho voluntário e sai livre. — Diz ele com um tom de voz com raiva, ele fechava os punhos.

— O dinheiro que manda. — Digo, dando um sorriso de lado, só o meu irmão tinha me visto na pior, eu tinha medo dele me bater, tinha medo dele matar alguém e colocar a culpa em mim.

[...]

Eu estava pegando algumas coisas no meu armário, e logo escuto alguém no meu lado, eu fecho meu armário e vejo quem era, era o Robby, que cheiro e esse? Isso é vodka?

— Olá gatinha. — Diz ele, a voz dele estava mais lenta e parece que ele acordou agora.

Chego mais perto do pescoço do Robby para ter certeza que era alguma bebida alcoólica, e era mesmo vodka parece que ele deu um sorriso debochado.

— Isso é vodka, senhor Keene? — Digo, ele dá um sorriso de lado, e acena sim, com a cabeça, mas que porra. — Eu vou te ajudar, não quero ser cuzona, mais do que já sou.

Eu abria meu armário novamente e pegava um perfume meu, e começava a passar perfume nele, só para ajudar, melhor meu perfume do que um cheiro de vodka.

— O que você tá fazendo? — Diz ele me olhando, e terminava de passar o perfume dele.

— Melhor meu perfume, do que um cheiro horrível de vodka. — Digo dando um sorriso, ele dá um sorriso malicioso.

— Eles vão achar que a nós dois estávamos no pegando. — Diz ele com uma voz um pouco mais grossa que o normal, ele fica até sexy assim. Calma, Scarlet ele é só um "badboy" cuzão.

— Então deixe eles pensarem, pau no cu deles. E eu tenho coisa melhor para fazer, e mais, masca um chiclete para tirar esse bafo de vodka. — Digo fechando meu perfume, e logo saia dali, eu não sei o que eu penso sobre ele, ele é babaca, mas, ao mesmo tempo, tão doce, eu preciso descobrir mais.

[...]

Finalmente chegou esse recreio, não aguentava mais ver a cara da Tory, eu aposto por todos às minhas forças que a Tory que deixou o Robby bêbado.

[...]

— Hey, gatinha. — Diz o Robby, a voz ele estava engraçada, eu estava comendo, ele tá pálido, ele não tá bem.

— Vem comigo. — Digo, e me levanto, eu pego ele pelo braço, e o puxava até o banheiro, vai ser o masculino, se der merda, pau no cu deles.

Abro uma cabine do banheiro, e o puxava para dentro, junto comigo, era uma coisa estranha, mas ele não tava bem. Ele estava quase vomitando, ele se abaixava e vomitava, nossa senhora, ele tá mal mesmo, eu me abaixava e segurava o cabelo dele. Isso parece coisa daqueles casais fofos, só que dois problemáticos. Ele parava de vomitar e se levantava, meu deus ele tá realmente mal, deve ser porque ele não está acostumado pela bebida alcoólica.

— Valeu, e sério. — Diz ele meio envergonhado, que fofo.

— De boa, você tava mal, e melhor a gente sair daqui. — Digo, e abro a porta da cabine, eu saia, e ele atrás. Ele se olhava no espelho, eu não sou boa nisso.

Eu colocava minha cabeça no ombro dele, e ele fazia uma espécie de carinho no meu cabelo, era um cafuné, eu não sei o que eu sentia. Eu não queria sair dali, me sentia segurança. Eu não me sentia assim a tempos.

Eu escuto uma cabine abrindo e eu o Robby ficamos distantes disfarçando, e eu me virava para ver quem era, era a Tory e o Kyler, o batom dela estava borrado e ele estava com batom, eu e o Robby nós olhando meio incrédulos, aquilo só pudia ser zueira.

— O que você está fazendo aqui? — Diz a Tory me olhando brava, olha a audácia dela.

— Eu que me pergunto. — Digo sorridente.

— Então Tory, o seu batom tá borrado. — Diz o Robby.

— E o Kyler tá com seu batom. — Digo, o Robby parece dá uma risada, e os dois saiam dali irritados.

— Essa é nova. — Diz o Robby sorrindo.

— Que péssimo gosto dela. — Digo arrumando meu cabelo.

— Verdade, e melhor a gente sair, eles vão suspeitar da gente. — Diz o Robby, milagre ele tá se sendo gentil, até.

— Mas se a gente não sair? — Digo, e em um jeito provocativo.

— Você quer? — Diz ele virando o rosto e me olhando com desejo.

— Não vou te beijar após vomitar, outro dia, senhor Keene. — Digo rindo, eu ouço a risada dele, e logo sai dali. Eu quis beijar o Robby? E isso mesmo?

Eu tô muito carente, eu preciso beijar, ou ter alguém para passar o tempo, ou os dois. Deus, eu preciso de uma terapia urgente, ou me internar que nem a Sam quando se apaixonou pelo freddie de ICarly. Meu irmão vai ficar louco quando descobrir, acho que não vou contar para ele, quero ver até tanto tempo que o ele aguenta isso.

[...]

𝐓𝐡𝐞 𝐋𝐢𝐭𝐭𝐥𝐞 𝐂𝐨𝐧𝐟𝐮𝐬𝐢𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora