𝟖;

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[...]

Estava sentava esperando o meu pai chegar, finalmente, fazia tempo que eu não via, o jeito dele engraçado. Ou quando era dia de sair ele batia as panelas para nos acordar. Quando a mamãe morreu, ele ficou sem chão, não vou negar, eu também, ela era incrível, ela trouxe a bondade novamente do papai, antes ele era totalmente frio, ele era considerado perigoso, mas ela quis se arriscar. O meu pai biologico ele simplesmente abandonou a minha mãe no altar grávida, que filho da puta.

Eu estava vendo algumas fotos de família, era a foto do meu aniversário, a gente estava na praia eu tinha 10 anos, mal sabia que dois anos depois eu iria ao velório dela, ela não mereceu o que teve, ela sempre usava saia, e uma blusa confortável, os cabelos curtos, o sorriso dela era fantástico.

[...]

— Papai, onde tá a mamãe? — Digo com 12 anos, a mamãe tinha ido trabalhar, ela sempre chegava às 20, mas já era 5 da manhã, o papai estava triste, o rosto dele tava pálido.

— A mamãe foi viajar, para um lugar melhor. — Diz ele com os olhos de preocupação.

[...]

— Mamãe acorda! Mamãe acorda! Eu ainda quero ir para a praia com você. — Digo entre meus berros, eu via o corpo da minha mãe, ela estava roxa, a boca dela estava cortada de orelha a orelha, meus olhos estavam cheios de lágrimas, ela foi mais uma vítima de um assassino. Ela queria voar, ela queria eu e meu irmão, nós formando, e seguir os nossos sonhos.

[...]

Meus olhos estavam cheios de lágrimas, eu sinto sua falta, mamãe, eu preciso de você agora, eu sinto falta do seu abraço, eu sinto falta do seu sorriso, da sua risada, eu sinto falta de tudo.

Eu abraçava forte o quadro, às lágrimas caíram no meu rosto, ela me ensinou que mulheres tem que ser forte, tem que ser poderosas, e com bastante estilo.

[...]

Estava dormindo, acordo e escuto os latidos do darth vader lá embaixo e algumas vozes, eu levanto da cama e ia ao banheiro escovava meus dentes e fazia minhas higienes. Logo, saio do meu quarto e o meu irmão também, mesmo não sendo gêmeos nossos pijamas eram quase iguais, uma blusa de uma banda de rock e um calça de pijama com caveiras, e uma pantufas, a dele era do Monstro S.A., e eu do Gato risonho de Alice nó país das maravilhas, nós dois estávamos com cara de sono, e descemos a escada, e ia até à cozinha para tomar café.

— Olá meus dorminhocos. — Diz meu pai com uma xícara de café na mão, eu estava com tanto sono e só acenei com sim, com a cabeça e pegava uma xícara, e meu irmão parece está pior que eu.

— Eles cresceram, né? — Diz uma voz que eu conhecia, eu e meu irmão e viramos nossas cabeças, e vimos o kreese com o meu pai, por que caralhos ele tá aqui em casa?

— Verdade, a Scarlett tem uma grande chance de ser uma ótima lutadora. — Diz meu pai se gabando, eu pego meu café e o meu irmão também e saímos dali, eu devo tá sonhando, nós saímos da cozinha e ia para fora.

— Aquilo era uma ilusão? — Digo, bebendo meu café.

— Eu tô com tanto sono, que já nem sei. — Diz ele bebendo café também.

Eu olhava para frente admirando a vista, e passava o Robby na minha frente segurando o kimono dele, ele estava sem camisa, e bem na hora eu estava bebendo café, e acabava me engasgado e começava a tossir e meu irmão começava a rir na minha cara, desgraçado. Eu batia no meu peito, e parava de tossir e o olhava com raiva.

— Eu tô maluca, ou é ele mesmo? — Digo, me recompondo.

— E ele, mesmo, eu acho. — Diz ele, rindo, eu bebia meu café e ia para a cozinha para deixar a minha caneca, na pia, meu pai estava conversando com o kreese.

— Minha pequena, que tal você ver o treino do cobra Kai? Ele estão lá no pátio. — Diz meu pai, me olhando, a e claro, vou ver duas meninas que querem comer meu cu com farofa, outro é um babaca, tem um garoto que eu beijei, e o resto todo mundo me odeia.

— Não, obrigada. — Digo, sorrindo colocando a minha caneca na pia.

[...]

— ME COLOCA NO CHÃO, PAI! — Digo entre os berros, meu pai estava me levando pelo ombro como o Sherek levou a Fiona no primeiro filme, eu batia nas costas dele, como um quase idoso ainda tem essa força, e o meu irmão rindo da minha cara. Ele me jogou no tatame e me levando.

— Eu amei essa cena. — Diz meu irmão rindo, e dou um soco no braço dele, e ele solta um ai.

— Eu vou adorar a cena de te encher de soco, Simba. — Digo, e ele dá uma risada, todos do cobra Kai estavam lá, e a Elizabeth também, ela abraçava o Robby, nossa senhora, tá abraçando tão forte que a alma do menino só falta sair do corpo.

— Ah, foda-se, vou sentar, são 13 da tarde. — Digo, e me sento em um banco, o darth vader pulava no meu colo, e fazia carinho nele.

— Então, eu já conheci meu sogro? — Diz o Robby me olhando, com um sorriso debochado no rosto.

— Vai toma no cu. — Digo o olhando com um sorriso no rosto, meu pai estava longe, eu olhava os dois lados, e o puxava iniciando um beijo no mesmo, ele passava às mãos delicadamente pelo meu cabelo.

— Você me deixa louco. — Diz ele com um sorriso malicioso no rosto, eu não deixava escapar um sorriso, quase ficava tonta, o meu chegava e o Robby disfarçou fazendo carinho no darth vader, que falso.

[...]

— E, esse é o meu quarto. — Digo, andando pelo meu quarto, o Robby olhava com uma certa empolgação.

— Você gosta bastante de terror, né? — Diz ele olhando cada detalhe no meu quarto, ele chegava perto da minha mesa, ficava olhando o retrato meu e da minha mãe.

— Essa moça, e a minha mãe. — Digo, olhando a foto.

— O que aconteceu com ela? — Diz ele curioso.

— Ela morreu, foi vítima de um assassino em série. — Digo com um sorriso no rosto, ele me dava um beijo na testa.

— Eu sinto muito. — Diz ele com uma voz suave, ele era fofo.

— Você sabe uma coisa minha, agora quero saber a sua. — Digo, tentando me animar.

— Tem certeza? — Diz ele me olhando.

— Sim, tenho. — Digo, o olhando curiosa.

— Antes de eu ir para o Cobra Kai, o Daniel Larusso era meu sensei, eu gostava da filha dele, a Samantha Larusso. — Diz ele, passando às mãos no cabelo. — Eu era apaixonado por ela, mas ela gostava do Miguel, nós dois ficamos juntos por um tempo, mas em uma festa ela beijou o Miguel, ele namorava a Tory, e no dia seguinte aconteceu uma briga, a Samantha brigou com a Tory, e eu briguei com o Miguel, mas no segundo andar eu acabei empurrando ele na escada, e ele ficou em coma. — Diz ele com uma voz trêmula, e eu pego na mão dele, e dou um beijo, eu fico surpresa, ele me abraça forte, logo fazia um carinho no cabelo dele.

— Calma, Robby, respira. — Digo continuando o carinho.

— Você foi a única que não me julgou, obrigada mesmo. — Diz ele meio aliviado.

[...]

𝐓𝐡𝐞 𝐋𝐢𝐭𝐭𝐥𝐞 𝐂𝐨𝐧𝐟𝐮𝐬𝐢𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora