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[...]

Eu dormia na minha cama, com o meu filho, vulgo darth vader, ele sempre dorme comigo, raramente dorme sozinho. Estava abraçada no meu travesseiro, mas logo volto a dormir, e domingo, nem fudendo que vou acordar cedo.

— ACORDA SEUS BANDO DE PREGUIÇOSOS! — Diz meu pai batendo panelas em frente do nosso quarto, eu me levanto, e escovo meus dentes, e abro a porta do meu quarto, meu pai estava com uma blusa florida e uma bermuda com estampa de Donuts, que porra e essa? Parece o Silvio Santos em Orlando.

— Bom dia, minhas flores, se arrumem vamos para praia. — Diz meu pai com um sorriso no rosto, eu e meu irmão nós encaramos por alguns segundos, ele tava com cara de sono e eu também. Sem demorar eu entro no meu quarto novamente.

[...]

Eu estava usando a parte de cima do biquíni, e a parte de baixo lógico, e uma saia um pouco transparente, meus cabelos estavam presos em um coque, e usava um óculo de sol. Nós meus pés, um chinelo, eu já tinha passado o protetor solar.

— Praia, faz tempo que a gente não vai, né, amor? — Diz minha madrasta, ela se chama Chloe, ela e uma loira e tem olhos verdes, ela e mais branca que o Edward do crepúsculo, eu não gosto dela, não sei, mas só não gosto.

— Sim, princesa, estão animados? — Diz meu pai dirigindo o carro, ele olhava a gente pelo retrovisor, a última vez que eu fui à praia eu acabei chorando, a mamãe adorava a praia.

— Super. — Digo irônica, e passava uma manteiga de cacau nós meus lábios, a praia é bonita, mas o que fode são às pessoas, especialmente os homens, alguns se aproveitam quando estamos usando biquíni, minha vontade e de mandar eles para a puta que pariu.

— Claro, tudo que eu quero, sol na minha cara, calor, e mar gelado, um combo maravilhoso, isso sem contar a areia. — Diz meu irmão em um tom irônico também, eu e eles nunca gostávamos de praia, e nem de sol em geral, sol faz a gente suar, e eu não gosto.

— Vai, crianças, vai ser divertido. — Diz minha madrasta, claro que vai ser divertido, vai ficar vários homens babando por você, e encher seu feed no Instagram com a descrição de versículo da Bíblia.

[...]

Finalmente chegamos, não aguentava mais ouvir meu irmão cantando, parece um periquito, puta que pariu, estava deitada na areia, eu já tinha passado o protetor solar antes, mas decidi passar de novo, não quero virar um torresmo, eu passava o protetor, e logo tirava a saia mostrando totalmente meu biquíni, era um preto com alguns flores brancas. Eu sentia alguns olhares, por isso que odeio a praia, tem sempre alguns homens olhando, isso sem contar das cantadas idiotas "Oh lá em casa" essa é a frase que eu mais odeio, me lembro até hoje de um garoto que me salvou, ele era tão gentil, e parecia ser meio brigão.

[...]

Eu tinha só 7 anos, eu e a mãe fomos para a Praia como eu adorava, estava segurando a mão da minha mãe e do papai, eu gosto dele, ele me protege, e o meu irmão também. Meus cabelos estavam soltos, meus belos cabelos pretos. Mal sabia que naquele dia eu sofreria uma tentativa de sequestro.

[...]

— Olá pequena, quer um sorvete? — Diz um estranho enquanto eu brincava com as conchas, a mamãe sempre disse para não falar com o estranho, melhor eu ignorar.

— Não, obrigada. — Digo continuava a brincar com as conchas, mas acabo sendo interrompida o homem pegava meu braço e me arrastava, eu tentava me soltar, mas ele era mais forte do que eu. — Hey, se você gritar, eu te amo! — Diz o homem me olhando bravo, sinto às lágrimas caírem em meus olhos.

— Tá tudo bem, moça? — Diz um garoto, ele segurava uma bolinha, ele tinha olhos lindos, e um cabelo castanho-claro, o garotinho me olhava meio preocupado.

— N-nã, digo sim! — Digo meio nervosa, o garoto logo veio na minha direção e batia forte na mão do homem, ele soltou a minha mão e saiu correndo.

— Vamos, moça, onde está seus pais? — Diz o garoto segurando a minha mão.

[...]

— Eu vou andar um pouco pela praia, com licença. — Digo me levantando, coloco meus óculos de sol e saio dali, e começo andar pela beira do mar, eu começava a cantar baixo a música "Wonderland" da Natalia Kills, meio antiga, mas eu sou apaixonada, mas algo me tira dos meus pensamentos era um assopio de um adolescente, ele parecia aqueles valentões de filme adolescentes, sabe?

— O que essa princesa faz aqui? Vem lá em casa, que eu te dou um trato. — Diz ele me olhando dos pés a cabeça com um sorriso malicioso.

— Chupa meu pau, filho da puta! — Digo irritada, e começo a andar um pouco mais rápido dali, não sei se fiz certo, se esse maluco me seguir, sinto uma mão pegando meu pulso, viro e era o garoto, não acredito que ninguém tá olhando essa porra, e sério?

— Nossa, um moça tão linda fala assim, se você fugir, eu vou ter que te machucar. — Diz ele, com os olhos nos meus seios, eu sem pensar duas vezes cuspo no rosto dele, e solto meu pulso nele e começo a correr, continuo correndo, e acabo me esbarrando em alguém. — D-desculpa, eu não estava vendo você, mil desculpas. — Digo meio envergonhada, e olho para atrás e tá aquele mesmo garoto, e olho para frente quem era, era o Robby.

— O que tá rolando? — Diz ele meio preocupado, eu estava ofegante.

— Tá vendo esse menino atrás de mim, ele me assédio, e depois pegou meu pulso, e eu cuspir na cara dele, e agora tô com leve medo dele. — Digo, me acalmando ao poucos.

— Filho de uma puta! Eu vou resolver isso. — Diz ele meio irritado.

— Vai resolver e porra nem uma, você tá maluco? Isso vai acabar dando mal para você, porra! — Digo irritada, o olhando, ele fechava os punhos e suspirava irritado.

— Tá, mas o que a gente faz? — Diz ele meio irritado.

— Só fica comigo, perto de mim, esse tipo de muleque só para quando ver outro homem, isso me irritada para um caralho. — Digo irritada, já cansei dessa porra, não posso andar sozinha na rua, tenho medo de ser agredida, eu prefiro ser assaltada do que ver um homem ali.

— Okay, melhor do que eu ir para o reformatório de novo. — Diz ele rindo, reformatório, como assim?

— Reformatório? — Digo curiosa, o que ele fez?

— Lembra do Miguel? Então, depois disso eu fui expulso e fui em um reformatório, não foi tão legal assim, e depois entrei para o Cobra Kai. — Diz ele sorridente, e nos dois começamos a andar juntos pela praia.

— E como seus pais ficaram? — Digo, continuando andando.

— Minha mãe estava fazendo tratamento, e o meu pai, ele tentou me "ajudar", mas o kreese me ajudou muito, me mostrou o verdade karatê. — Diz ele com um tom de voz orgulhosa, se isso for o verdadeiro karatê, imagina o falso.

— Eu não consigo gostar dessa tal kreese, ele é suspeito. — Digo continuando andando, ele é bastante suspeito, especialmente por causa do meu pai, o kreese sempre vem correndo quando ele perde o dinheiro, e óbvio meu pai o ajuda.

— Com o tempo você vai gostar dele. — Diz ele continuando andando, nem fudendo, conhece gente a tempos e nunca gostei.

— Provavelmente não. — Digo, continuando andando pela praia.

[...]

𝐓𝐡𝐞 𝐋𝐢𝐭𝐭𝐥𝐞 𝐂𝐨𝐧𝐟𝐮𝐬𝐢𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora