𝟓;

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[...]

Eu devo estar maluca, eu realmente quis beijar o Robby? Isso deve ser brincadeira, mesmo ele sendo um gato do caralho. Eu não vou me ceder a isso, nem fudendo, preciso beber água. Não vou contar para meu irmão, ele vai surtar, mais que o normal.

Saia do meu quarto e ia até à coxinha para beber água, preciso de um calmante isso sim. Olho o quarto do meu irmão, vamos lá, desço às escadas e vou até à coxinha calmamente, abro a porta da geladeira e pegava uma garrafa de água e abria.

— O que tú fez? Tá estranha desde da tarde. — Diz meu irmão, me olhando no outro lado da cozinha, parece uma assombração.

— Nada de mais, e TPM, você sabe como é, né? — Digo rindo sem graça, puta que pariu, fudeu.

— Você só fica de TPM no final do ano, e no início do ano. — Diz ele, eu odeio ele, como ele sabe disso? Ah, esqueci que ele me conhece na palma da mão.

— Eu te odeio, prometo não surtar, e melhor se sentar. — Digo, ele se sentava em uma cadeira.

— Okay, o Robby hoje tava bêbado, e eu decidi ajudar. — Digo, e ele acena sim, com a cabeça. — E no recreio, ele tava extremamente mal, e eu o levei para o banheiro masculino, ele vomitou, depois a gente conversou, e eu tive vontade de beijar ele. — Digo, meio rápido, eu me viro e vejo o meu irmão pálido, e os olhos arregalados.

— Você quis beijar, o Robby? Por quê? Ele tinha acabado de vomitar, você é maluca? — Diz ele me olhando meio surpreso.

— Eu sei! Mas, eu no lado dele me sinto bem, me sinto segura, o abraço dele me faz sentir segura, como se tudo sumisse. Eu queria aquele momento durasse para sempre. — Digo passando às mãos pelo meu cabelo.

— Você abraçou ele? — Diz ele meio irritado.

— Sim, porra! Eu não sei o que eu sinto, caralho! Eu conheci ele as esses dias e eu me sinto assim. — Digo meio irritada.

— Olha, eu não sei o que falar, mas segue seu coração, se ele te magoar, eu arrasto a cara dele, no asfalto! — Diz ele meio sorridente, medonho.

— Valeu, sério. — Digo, e me aproximo nele e o abraço, ele fazia carinho nos meus cabelos, mas logo ele parava de me abraça, ele deu um beijo na minha testa e saia da cozinha.

[...]

Estava sentada em um canto da biblioteca, o livro era de história, era sobre às bruxas de Salem, parece que isso acontece até hoje, só que sem a queimada e às mortes, mas sim com o julgamento em massa. Minha mente estava focada totalmente no livro e não sentia uma presença na minha frente, na verdade, três, e uma sentava no meu lado, eu conheço esse perfume, e do Robby. Eu levantava a minha cabeça, e quem estava no lado era o Robby e na minha frente o Kyler e a Tory.

— O que foi? — Digo, olhando seriamente a Tory.

— Quero te fazer uma pergunta. — Diz ela, e aceno sim, com a cabeça. — Você e o Robby estão juntos. — Diz ela dando um sorriso, puta que pariu, eu solto uma suspiro. Eu passo às minhas mãos delicadamente pelo cabelo do Robby.

— Ficando, né, mas nada sério só uma vez ou outra. — Digo sorrindo olhando o Robby, isso vai dar merda.

— Sim, estamos só ficando, agora pode ir embora? — Diz ele, e logo Kyler e a Tory vão embora dali. — Então, eu sou seu ficante?

— Claro, ficamos no dia 32 de fevereiro, senhor idiota. — Digo dando um sorriso, ele jogava um pouco sua cabeça para atrás.

— Por que você quis me beijar naquele dia? — Diz ele ainda naquela posição, ele passava às mãos no cabelo.

— Na real, eu não sei, o meu coração diz uma coisa, mas seu cérebro diz outro, entendeu? — Digo, eu olhava para o livro, tentando evitar o contanto visual com ele.

— Entendo, eu acho. Você é maluca, sabia? — Diz ele me olhando, aquele sorriso debochado dele me mata.

— Sim, sou a maluca que você dá encima. — Digo, me virando para ele fazendo contato visual.

— Você não está errada, mas também não dá, você é linda, sarcástica e me faz sentir bem. — Diz ele, a voz ele estava calma, e suave, ele parece está bem.

— Olha, a gente acabou de se conhecer, eu não sei direito sobre você. E eu gostaria de saber, Robby. — Digo em um tom suave, ele parece concorda. Eu sinto a mão dele encima da minha, ele começava uma espécie de carinho, sinto às minhas bochechas ficarem vermelhas. O sinal toca, puta que pariu, ele saia da biblioteca com um sorriso no rosto.

[...]

— VOCÊ VI! — Digo entre os choros e os meus soluços.

— Calma, você tem certeza? — Diz o Miguel me olhando.

— Sim! O Robby tava beijando outra garota! — Digo chorando, minha maquiagem estava perfeita, a Emi estava na abraçando, o Miguel me olhando, o falcão andando de um lado para o outro, a Sam abraçando o braço do Miguel, e o Dimitri, ali.

— Mas, vocês nem ficaram. — Diz o falcão, logo todos viram na direção dele com fogo nos olhos.

— Falcão, os dois quase se beijaram, você já vi a tensão sexual dos dois? — Diz a Emi acalmando o falcão.

— E verdade, mas, quem era a garota? — Diz o Miguel.

— Acho que a Tory, ou alguém extremamente parecida com ela. — Digo com a cabeça baixa.

— Eita porra!

𝐓𝐡𝐞 𝐋𝐢𝐭𝐭𝐥𝐞 𝐂𝐨𝐧𝐟𝐮𝐬𝐢𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora