Prólogo

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        O silencio reinava na casa. Os criados executavam suas tarefas de forma silenciosa e tensa. O mordomo observava todos com uma expressão austera e triste ao mesmo tempo. E, quando uma das arrumadeiras mais jovens assoou o nariz, ele rapidamente desviou o olhar advertindo-a em silencio. A jovem rapidamente endireitou-se, enrubescendo. O idoso senhor, arrependido aproximou-se dela, tocando-a no ombro, como se a confortá-la de algum infortúnio.

            A governanta aproximou-se:

            - Acha que ainda vai demorar, Sr. Clobber?

            - Segundo a tradição, os Kildare só falecem ao pôr do sol. – respondeu o mordomo. - A hora está próxima, sim, Sra. White.

            Como se para confirmar as palavras do mordomo, uma jovem de preto desceu as escadas, dirigindo-se ao casal:

            - Sr. Clobber. Sra. White.  Ernestine quer vê-los.

            O casal se apressou a ir ao encontro de sua patroa, deixando a jovem cercada de olhares em sua direção.

            A responsável das arrumadeiras teve a coragem de perguntar:

            - Senhorita, Lady Benson...

            - Sim, Sra. Felton. Ernestine está morrendo.

            - E o que acontece com a criança, senhorita?

            Os olhos da jovem margearam de lagrimas.

            - Tenho que encontrar alguém que a proteja.

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