Epílogo

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Fazia apenas um mês que eu estava de volta à mansão, eu me olhava no espelho enorme do closet do Félix, que em breve eu teria que me acostumar a dizer que era meu closet, e admirava o quanto eu estava linda.

Meu vestido de noiva branco, com o colo rendado e feito com um caimento em evasê modelava meu corpo e uma fita de cetim na cintura dava o arremate romântico.

Era lindo e simples como eu sempre sonhei que fosse. Deixei o cabelo solto, com as ondas bem marcadas e fiz uma coroa de flores para enfeitá-lo.

Era o dia do meu casamento com o homem que eu amava e o que tinha de mais bonito em mim era o sorriso.

Félix me fez organizar tudo em tempo recorde, pois segundo ele, não podia esperar mais para me chamar de esposa, sendo assim, para a organização da festa e da cerimônia contei com a ajuda das meninas da cozinha, da minha mãe e da Cindy que me ajudou a distância.

No mesmo dia que Félix me pediu de novo em casamento na casa dos meus pais, eu voltei com ele e Clóvis para a mansão em seu jatinho particular e fui recebida com festa por todos os funcionários.

Zipe não se continha de alegria ao me ver de volta e brincava com Félix dizendo:

— É isso aí, patrão! Fez um golaço ao buscar nossa Bela.

— Nossa? — Félix o perguntou.

— Sim, vai ter que dividir ela comigo, porque ela é minha amiga.

— Vamos ter que pensar melhor sobre isso, rapaz.

Félix se divertia com o Zipe e durante o dia, quando não estávamos trabalhando, nos tornamos um trio inseparável entre vários programas pela propriedade e sempre que eu dizia algo para provocar o Félix, mesmo em tom de brincadeira, e meu pequeno amigo estava por perto, ele sempre alertava o patrão para que se mantivesse quieto e apenas me ouvisse.

Sentia-me culpada, como se o Zipe estivesse com medo de que eu fosse embora novamente, mesmo eu o dizendo que isso não aconteceria e para que o pequeno se sentisse melhor e tivesse a certeza de que eu não partiria para lugar algum, eu o enchia de carinho.

Quanto ao meu trabalho, fiz questão que Félix me mantivesse no cargo de administradora. Eu amava trabalhar e amava a minha profissão além de ser um jeito de me distrair quando não estava com ele.

Já Gaspar, no profissional e no pessoal se desligou totalmente de Félix e não ouvimos mais falar dele, o que foi bom, pois pelo o que meu amor havia me contado, a relação de ambos nunca tinha sido boa. Além de ter ficado claro para nós que ele fez tudo de caso pensado sobre revelar a verdade para mim da forma como foi e com isso acarretando a minha separação de Félix.

No closet, chegou o momento em que a cabeleireira me deu o aval, dizendo que eu estava pronta para o noivo, saí do cômodo e no mesmo momento que abri a porta, fui recebida com aplausos por minhas meninas que me esperavam no corredor.

Minha mãe, Cindy que havia chegado naquele dia de manhã, Madalena, Viviane e Cecília, todas levaram a mão a boca e se admiraram quando me viram.

— Ai, minha filha, você está maravilhosa! — minha mãe exclamou emocionada e as demais concordaram.

— Vocês não façam com que eu me emocione — as repreendi. — E vamos descer que o meu noivo incrivelmente gostoso me espera.

— Arabela! — minha mãe me repreendeu.

— E estou mentindo?

— Não — Cindy foi a única que teve coragem de responder e completou: — Com todo o respeito que minha amiga merece, claro.

Degustação a partir do dia 28/09/2021 Minha ArabelaOnde histórias criam vida. Descubra agora