Capítulo 17

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Capítulo dezessete

Eu parecia uma artista de cinema, meus cabelos caíam em ondas definidas pelos meus ombros e o vestido amarelo, quase dourado, no estilo sereia marcava as curvas do meu corpo e o decote realçava o meu colo.

Eu estava lindíssima!

Linda demais para uma simples funcionária em um evento chique da empresa em que trabalha.

Pensei que apesar de Félix ter dito que eu iria como sua secretária, cogitei que talvez ele quisesse me levar mais como uma acompanhante e essa hipótese fez meu coração se aquecer.

Mais cedo, quando fui surpreendida com a visita de uma estilista, cabelereiro e manicure, todos contratados por Félix para cuidarem de mim, pensei em recusar mais aquele agrado, porém, não fiz, pois ele devia estar me proporcionando aquilo apenas para não se envergonhar com uma acompanhante/secretária malvestida. Além de que, Clóvis fez um escândalo e disse que se eu não me sentasse para ser cuidada ele não mais me dirigiria a palavra.

A noite chegou e com ela a ansiedade por ter que enfrentar algo novo em minha vida. As novidades sempre me causavam um frio na barriga e um arrepio pelo corpo.

Muitas pessoas importantes e ricas estariam nesse coquetel e eu teria que usar toda a educação que ganhei dos meus pais e toda a minha habilidade em ser secretária apesar de ter estudado administração.

Saí do meu quarto e fui para o hall de entrada, lá fiquei parada no pé da escada e esperei o Félix descer, para juntos irmos ao tal evento, até que não demorou muito e eu o avistei saindo do elevador.

Meu ar faltou e o coração pulou uma batida quando o vi andar em minha direção e fechar o seu traje ao mesmo tempo. Estava lindo em um terno azul-marinho que realçava seus olhos, seus cabelos estavam penteados para trás e o sorriso que me lançou, fez meu corpo sorrir de volta imediatamente.

— Gosta do que vê, senhorita Arabela? — perguntou convencido.

— Sim, gosto muito.

Félix me olhou de cima a baixo.

— Eu também. Você está maravilhosa.

— Obrigada. — Dei uma voltinha. — Ganhei uma fada madrinha. Obrigada por mais isso.

— Não precisa agradecer. Faremos um belo par.

— Você acha? Para mim está claro que não somos um par, vejo um CEO milionário e sua secretária/administradora.

Ficou sério.

— Se é assim que pensa, então sim. Vamos?

— Quando quiser.

Dirigimo-nos para fora da mansão e seguimos para um Lamborghini preto estacionado ao final dos degraus. Era claro que ele queria ostentar a sua riqueza naquele dia.

— Belo carro — falei e ele estava sério. Talvez ficou irritado, por eu ter dito que nossa relação era de patrão e funcionária, mas era o que era inicialmente e não podíamos negar isso.

Entramos no carro e seguido de perto por outro que iam os seus seguranças, Félix dirigiu por mais de uma hora, quase não conversamos no percurso e apenas músicas eram ouvidas no interior do carro e uma delas me marcou, pois era uma que eu amava, . Falei isso a ele e Félix aumentou o volume.

Enfim chegamos a um hotel luxuoso, de frente para o mar e o coquetel seria no salão de convenções.

Ao descer do carro, Félix deu a volta no veículo e sendo muito sonhadora, achei que ele fosse me dar o braço ou algo assim, no entanto, posou para fotos sozinho.

Degustação a partir do dia 28/09/2021 Minha ArabelaOnde histórias criam vida. Descubra agora