Capítulo 10

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Capítulo dez

Acelerei e adiantei o que pude do meu trabalho, mas quando deram cinco horas da tarde, deixei o resto para o dia seguinte e ansiosa para o programa com o Félix, corri para o meu quarto para me preparar.

Enquanto tomava banho e trocava de roupa fiquei pensando qual o livro que seria legal para lermos juntos, pensei que se fosse hot eu ficaria com vergonha, se fosse terror eu ficaria com medo e ao final não cheguei à escolha de nenhum.

Depois de muito pensar, decidi pedir ajuda para a minha amiga que exigiu que eu a contasse toda a história e tudo que estava acontecendo comigo. Cindy disse que me conhecia bem e estava estranhando por eu sempre aparecer com meias palavras, meias perguntas, meias histórias e aí sumir logo em seguida.

Ela tinha razão e depois de contar tudo, até mesmo o quase estupro e pedir que pelo amor de Deus não contasse aos meus pais, ela digitou:

"ARABELAAAAA... (Tô gritando mesmo) e por que você não me contou assim que aconteceu? Sua vaca! Mas tudo bem, te perdoo, por hora. Só que agora vai lá "ler um livro com seu novo boy"

Revirei os olhos e respondi:

"Ele não é meu boy, é meu patrão e agora também meu amigo, mas foco e me ajuda. Que livro eu leio?"

"A gente tinha combinado de ler e assistir Como eu era antes de você, que todo mundo leu e viu o filme, menos a gente"

"Humm... legal! Não é erótico, né? E parece ter uma história legal para debater. Vai ser ele. Obrigada, amiga. Espero que não fique chateada de eu ler com o Félix."

"De jeito nenhum, quando der a gente lê outro. Vai lá e termina a leitura com um orgasmo múltiplo."

Ri, a repreendi e antes que ela dissesse mais alguma das suas gracinhas, deixei o celular de lado e terminei de me arrumar, depois liguei para os meus pais e os certifiquei que estava bem, apesar de ter ficado com uma pontinha de peso na consciência por não ter contado tudo o que aconteceu. Era melhor assim, ao menos eu não os preocuparia.

A noite caiu e era quase sete horas da noite quando saí do meu quarto e fui em direção à biblioteca, no entanto, antes que eu chegasse lá, encontrei com Clóvis no meio do caminho.

— Você está muito bonita, senhorita Arabela.

— Clóvis, estou de calça legging e camiseta.

— Ainda assim. Até um saco de lixo ficaria bonito na senhorita.

Sorri.

— Muito obrigada, quando a minha autoestima estiver baixa vou te procurar para me dizer essas coisas.

Ele sorriu e me avisou:

— O menino Orsini a espera na biblioteca.

— Ah — foi o que consegui dizer um tanto sem graça. — Clóvis, espero que não pense mal de mim ou que os outros pensem. Estamos apenas nos tornando amigos. E estou muito grata por ele ter sido meu herói. — Sorri, me sentindo tímida.

— Minha cara, ninguém tem que pensar nada, nem bem nem mal, entretanto, se quer saber o que penso, estou gostando muito de vê-los juntos. Acredita que o menino Orsini até sorriu para mim? Um sorriso animado e verdadeiro. Não o via sorrir assim há anos. — Vi Clóvis piscar os olhos disfarçando a emoção. — Agora vá que ele está ansioso para começar a leitura.

— Sim, obrigada, Clóvis.

Sorri e ia passar por ele, mas Clóvis me perguntou:

— Quer um chá com biscoitos para a leitura?

Degustação a partir do dia 28/09/2021 Minha ArabelaOnde histórias criam vida. Descubra agora