║12║

3K 293 432
                                    

║Necessidades║

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

║Necessidades║

"Hyuck?"

O apelido saiu num sussurro preocupado, pois Mark ouviu o choramingo que vinha de uma das cabines fechadas. Sentiu o cheiro de frustração e tristeza.

"M-minhyung" - a voz de Haechan estava sofrida, assim como a respiração pesada que o canadense podia ouvir. Como se ele estivesse precisando de ajuda. Então logicamente (na verdade não, não tinha nada a ver com lógica, tinha ver com os instintos mais primitivos que rugiram em seu peito) que seu alfa precisava ajudar o ômega.

Quando viu, o maior já tentava abrir a porta, e só percebeu o que estava fazendo quando esta se mostrou trancada.

"Hyuck, abre pra mim. O que aconteceu?" - implorou enquanto passava a bater na pequena divisão de madeira que agora ele queria quebrar, arrancar, destruir com punhos e dentes.

"Não vou abrir" -  pelo barulho, Minhyung pensou que Donghyuck tinha se encostado na porta. - "Mas eu preciso da sua ajuda"

"Pode falar." - respondeu, rápido demais.

Podia sentir os feromônios do outro, que denunciavam seu nervosismo. A essa altura, eles pareciam contagiantes para o canadense, que estava se controlando para não arrombar tudo de vez e resgatar o garoto de qualquer perigo que fosse.

"Me fala, Donghyuck." - meio mandou e meio suplicou, esperando a resposta do ômega.

"Eu preciso que você ligue pro Renjun, de um casaco e da minha mochila"

Franzindo a testa frente à combinação estranha, o mais velho passou as mãos pelo corpo e pelos bolsos. - "Meu celular tá na sala." - informou, ouvindo um resmungo do outro lado da porta.

"Você pode ir lá rápido pegar?"

Antes que o mais velho pudesse perguntar mais alguma coisa, Donghyuck gemeu. Um som que fez o alfa tremer.

"Por favor, hyung! Tá doendo muito"

"O que tá dói?" - o mais velho perguntou, se aproximando da porta, querendo mais que tudo ver Haechan. Controlava sua voz e seu cheiro para acalmar o menor, passar segurança e, quem sabe, fazer o garoto acreditar que o alfa não estava nervoso. - "Me conta"

Um chorinho veio do mais novo. E Mark só queria guardá-lo em seus braços e não soltar mais.

"Mas que merda, Minhyung! Ah! só me ajuda logo!"

"Eu preciso saber o que é. Eu preciso saber como te ajudar." - o alfa finalmente disse sério, em uma voz grave, que só serviu para deixar o amigo ainda mais frustrado.

"Me conta, Hyuck" - pediu de novo. Pediria quantas vezes fosse necessário. Não podia abandonar o ômega ali sozinho.

"Eu não sei também, tá?! Eu não tô no cio, eu não tô com calor nem nenhuma das merdas que senti da outra vez, mas... mesmo assim..."

Meu AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora