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║Volta║

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║Volta║

"Hyuckie..."

Minhyung tinha o rosto indecifrável, cheiro com emoções demais para identificar. Haechan tinha  os lábios trêmulos, coração com história demais para contar.

Mas Mark voltou a segurar sua mão com delicadeza mesmo assim. 

"Hyuck, se acalma, respira, tá tudo bem" Ditou baixinho para o ômega que não tinha parado de chorar desde que acordara. Olhou no fundo dos olhos do menor, calando todas as emoções negativas de confusão e preocupação, trocando-as para emitir tranquilidade e acolhimento.

"O que você quer dizer... como assim você me deu seu lenço? Hyuck, eu- eu preciso que você me conte." Implorou com os olhos, desesperado por entender porque sentia tanta angústia permeando o cheiro doce de Haechan.

O mais novo fechou os olhos com força e fungou uma, duas, três vezes - cada uma ficando mais aflito com o nariz que parecia não querer funcionar direito, cada uma tendo que se controlar para não perder a calma.

"Alfa" Chorou quebrado "Me dá um lenço? Um lenço de nariz, não o– meu nariz, eu não tô conseguindo sentir seu cheiro. Seu cheiro, alfa!" A voz de Donghyuck estava fanha, fraca, de partir o coração.

O corpo do menor tremia, e Minhyung quase caiu no chão na pressa de se levantar. "Só um minuto, eu já volto, eu vou buscar, mas eu já volto!"

Saiu do quarto com dificuldade. Seus olhos arderam de ver como o ômega tinha tentado continuar segurando sua mão, dedos frágeis tentando manter-se entrelaçados aos seus. Porém, determinado que o melhor a fazer era acalmá-lo, preferiu correr até o andar de baixo para pegar não só o pacote de lencinhos, mas também uma água.

Retornou o mais rápido que pôde, peito apertando com a visão de Donghyuck – seu Donghyuck, sempre com uma presença e personalidade que tinha o poder de preencher qualquer espaço – encolhido pequeno nos lençóis.

Mark logo engatinhou na cama – no ninho deles – e estendeu para o garoto um dos lencinhos de papel. Assistiu Haechan assoar o nariz como uma criança desolada por ter se machucado. Ofereceu a água. Assistiu Haechan tomar como um filhote que estava doentinho, precisando de todo o cuidado do mundo.

Depois de terminar, o ômega respirou fundo várias vezes, peito subindo e descendo cada vez mais ritmado, cada vez mais tranquilo. Mark tirou o copo vazio de suas mãos e se aproximou, cada vez mais puxando o menor para seu colo, cada vez mais protetor, cada vez mais cuidadoso.

Haechan aceitou, se ajeitando entre as pernas do canadense e usando suas próprias para abraçar seu quadril. Já conseguia pensar de modo coerente quando Mark puxou o cobertor e o colocou sobre seus ombros, envolvendo-o mais com o cheiro do ninho. Já conseguia enxergar sem a obstrução das lágrimas quando Mark começou um carinho em seus braços, mãos gentis o aquecendo. Já conseguia falar quando Mark pediu mais uma vez.

Meu AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora