Meu Alfa

║18║

║Reconciliação║

Observation: seria lesgau ler o cap de "Nosso Omega" primeiro pra entender porque o hyuck tá mal no início

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"Haechan...?"

A voz de Chenle do outro lado daquela porta do banheiro era tudo o que ele não queria ouvir. Por sorte, o olfato do beta não era tão apurado quanto o de Renjun, Jeno ou Mark, e a voz feliz dava indício de ele ter percebido a tristeza e o desespero que consumiam Donghyuck.

"Haechan-hyung, você tá aí?" - o Zhong perguntou, e o ômega rapidamente engoliu em seco, a garganta parecendo entalada com sentimentos demais. 

"Hum" - fez uma afirmativa, na esperança que o menino simplesmente ir embora. Contudo, Chenle nunca foi muito bom em respeitar a privacidade alheia.

"A gente vai na piscina! Você vem? Ou vai ficar de preguiça igual o Jisung?"

Normalmente o coreano iria rir dos mais novos, mas naquela hora apenas respirou fundo, secando as lágrimas naquele chão frio do banheiro enorme.

"Quem sabe depois eu vou" - foi o que pôde oferecer.

"Então tá bom. Se precisar de algum roupa pode pegar uma minha" - o mais novo disse em seu tom animado e Donghyuck soube que em poucos minutos estaria ouvindo os gritos do menino vindo da área externa.

Esperou ouvir os passos se distanciando antes de abraçar as pernas e esconder o rosto ali. As paredes do banheiro eram de uma cor tão bonita e viva, quase douradas, que lhe fizeram se sentir pior ainda por estar chorando ali. 

Não sabia mais o que fazer, contudo. Só sabia querer chorar. Seu lobo queria chorar. 

Tudo começou quando Jaemin foi falar sobre o festival do solstício.

Donghyuck sentiu como se tivesse levado uma flechada no peito, porque ele doía, doía, doía e sua cabeça lhe perturbava com mil cenários do que podia ocorrer com o momento da troca de presentes de cortejo. Por essa última parte, ele concluiu tristemente que não era só o lobo dele que estava triste. Ele próprio estava perdido.

Perdido, porque o medo invadiu seu pobre coração, empurrando todo o seu amor, seu carinho, sua gratidão para debaixo do tapete e ocupando todo o espaço com a sensação horrível de abandono.

Enquanto o Na falava sobre fazer presentes para os pretendentes, enquanto Chenle e Jisung falavam sobre oficializar seu vínculo, enquanto Renjun sorria e Mark não expressava nada... Uma parte de si pareceu quebrar.

Assim que levantaram da mesa, Haechan não tinha se preocupado em dizer para ninguém aonde ia, apenas andando com o corpo inteiro pesado até o banheiro e se fechando ali. Pôs as mãos na altura do coração, apertando a camisa como se o ato pudesse fazer a dor passar, como se pudesse remendar o coração assim, ou ao menos impedir que os pedaços caíssem ao chão.