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║Encontro║

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║Encontro║

"DONGHYUCK!"

O ômega convulsionou com a força do rugido que clamava seu nome. Conhecia aquela voz. Conhecia aquela voz. 

Minhyung. Minhyung.

Seu corpo tremeu violentamente e, sem controle, seu lobo cedeu à voz de comando do seu alfa, superando as barreiras que tinha se imposto para fazer silêncio e se proteger, e soltando uma lamúria alta e longa.

Prendia a respiração – não porque fosse mergulhar, mas porque tinha medo de se afogar nos feromônios de Minhyung quando este o alcançasse. 

Suas mãos tremiam – não pelo frio, mas pela antecipação de poder ver se Mark realmente estava ali, ao seu alcance. Se realmente poderia tocá-lo, abraçá-lo e socá-lo por ter demorado tanto.

Tinha os olhos fechados, mas abriu-os ao escutar os respingos da água, sinal inconfundível de que o lobo que tinha estado na margem estava vindo em sua direção.

Sua vista estava embaçada – não pela água do rio, mas pelas lágrimas que inundavam-lhe os olhos e o faziam confundir o brilho da lua real e o reflexo desse brilho no espelho d'água, deixando tudo em uma cor prateada enfeitiçante. 

"Donghyuck..." As lágrimas rolaram pelas bochechas já molhadas, permitindo que Minhyung ficasse em foco. 

Então voltou a prender a respiração. Suas mãos voltaram a tremer. Sua vista voltou a embaçar. Porque, mesmo que tivesse pedido a Lua que Mark voltasse, nunca tinha pensado que ele estaria à sua frente daquele jeito. Magnífico.

O alfa tinha os cabelos negros como a noite, olhos vermelhos tão intensos que pareciam duas lanternas. O peitoral exposto carregava no lado direito a imagem de uma Lua que começava na clavícula. Do outro lado, uma série de pontinhos de luz que Haechan reconheceu como uma constelação. A ursa menor. Justo o urso, que era o símbolo da família de Donghyuck. Justo essa constelação, que era o que as pintinhas do rosto e pescoço de Donghyuck pareciam formar. Justo as estrelas. Justo do lado esquerdo, o lado do coração.

E, amarrado ao pulso, o alfa tinha seu lenço.

"Hyuck..." O canadense chamou. Carregava mil emoções no rosto e, quando Haechan finalmente conseguiu respirar, sentiu todas elas em seu cheiro também. Seu sussurro pareceu alcançar o peito do ômega e envolver seu coração – invasivo, penetrante e cuidadoso ao mesmo tempo. Mark só tinha dito seu nome, mas o efeito tinha sido profundo.

E ali, com a luz da lua os envolvendo no céu e na água, o ômega sentiu que tudo o que dissesse também seria importante, marcante.

Então sussurrou a palavra que mais significava para si, ecoando alto no silêncio da floresta.

Meu AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora