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║Vulnerabilidade║

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║Vulnerabilidade║

"H-hyuck-"

Assim que Mark abriu os olhos, estes se arregalaram em um misto de surpresa e vergonha. Em um movimento rápido, o alfa já estava sentado na grama, nenhum ponto de contato entre seu corpo e o de Haechan.

Não acreditava que tinha mesmo cheirado as partes privadas de Donghyuck!

Seu rosto devia estar muito vermelho. O pensamento de que o ômega iria reparar naquilo o fez notar, então, que o céu não estava mais claro. 

Se já estava preocupado, ficou ainda mais.

"Donghyuck, é melhor a gente entrar"- o alfa declarou, olhos se voltando para a casa.

O Lee mais novo mordeu o interior da bochecha para esconder um sorriso que teimava em querer brotar em seus lábios - suave demais, amoroso demais - pelo comportamento de Minhyung.

"Tá tudo bem, milk, a gente não precisa sair. Eu não vou brigar com você por causa dos seus instintos de alfa e blá blá blá. A gente acabou de fazer uma coisa diferente, é normal ficar meio... vulnerável"- o garoto disse de modo sereno, voz de mel adoçando o cheiro carregado de receio do mais velho.

Mark o olhou de volta e, por um pequeno infinito, foi tudo o que fez. Olhos desfocados, como se visse algo além de Donghyuck, e ao mesmo tempo atentos, como se tudo que pudesse ver fosse Donghyuck.

"Vem logo" - Haechan abriu os braços, mais tímido dessa vez.

Mas Minhyung não veio. Ao invés disso, o alfa umedeceu os lábios.

"Não sou eu que tô vulnerável, Donghyuck."- o tom sério, o cabelo bagunçado caindo nos olhos escuros e o maxilar tenso fizeram o ômega sentir um arrepio na espinha.

Um arrepio que achou prazeroso.

"A gente tem que entrar. Ficamos tempo demais aqui. Passou do horário dos meus supressores, e você precisa ir"- Minhyung disse, passando as mãos pelo pescoço e cabelo, como se estivesse com raiva. 

E, pelo que Haechan conhecia, o canadense provavelmente estava com raiva de si mesmo.  Mark era assim: sempre responsável demais, sempre carregando o peso do mundo sozinho. 

"Eu não-" - o menor engoliu em seco, sabendo que mesmo depois da tarde juntos (principalmente depois da tarde juntos), as próximas palavras seriam arriscadas. - "Eu não preciso ir."

Estava ali fazendo o equivalente à mostrar o pescoço. Estava se colocando numa posição de exposição, indefeso e confiante na proteção do alfa. 

Ele não queria ir. Seu lobo lhe dizia para ficar. Para não sair do lado de Minhyung.

"Você..." - o maior sorriu, mas era um daqueles sorriso que se dá a uma criança que diz que aguenta ficar acordada, quando claramente está caindo de sono. Sentimental e compassivo. - "Já foi incrível te ver hoje. De verdade, Hyuck"

Meu AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora