Os alunos do primeiro ano da Grifinória só tinham uma aula com os da Sonserina: a de Poções. Isso até um aviso ser pregado no sala comunal de Grifinória - que fez todos gemerem. As aulas de voo começariam na quinta-feira – e os alunos das duas casas aprenderiam juntos.
— Típico – disse Harry, desanimado. – É o que eu sempre quis. Fazer papel de palhaço montado numa vassoura na frente do Draco.
— Você não sabe se vai fazer papel de palhaço – disse Rony, sensata e sinceramente.
O garoto Weasley, apesar de também não gostar nem um pouco das aulas com a Sonserina, viu nessa a oportunidade de finalmente fazer uma aula em que saberia alguma coisa, e para melhorar, sem ter que abrir livro algum ou queimar seus neurônios numa falação enrolada como a de História da Magia. Por isso, fez questão de contar para quem quisesse ouvir sobre a vez em que ele quase batera numa asa delta montado na velha vassoura de Carlinhos.
Rony adorava quadribol: já tivera uma grande discussão sobre futebol com Dino Thomas, que também usava o dormitório deles e não via nada excitante em um jogo onde ninguém podia voar e só tinha uma bola - chegou até a cutucar o pôster em que Dino aparecia com o time de futebol de West Ham, tentando fazer os jogadores se mexerem, e quando nada aconteceu, isso só serviu para fazê-lo argumentar ainda mais convencidamente contra o tal esporte e a favor do quadribol.
Hermione, por outro lado, estava nervosa com a ideia de voar. Ela até havia tentado decorar algumas dicas do livro "Quadribol através dos séculos", que pegou na biblioteca, mas isto realmente não era coisa que se aprendesse em um livro. Além disso, ela não era muito fã de altura.
No café da manhã do dia da aula ela desatou a falar, como sempre fazia quando estava nervosa, sobre instruções, macetes de vôo e tudo o que podia se lembrar do livro que lera. Os garotos, no entanto, não pareceram querer participar da conversa dela, exceto por Neville, que estava tão preocupado quanto ela. Ele praticamente se pendurava em cada palavra que ela dizia, desesperado para aprender qualquer coisa que o ajudasse a se segurar na vassoura mais tarde.
O garoto parou com as anotações quando o correio coruja chegou e uma coruja de curral trouxe para ele um pacotinho da avó. Ele o abriu excitado e mostrou a todos uma bolinha de vidro do tamanho de uma bola de gude grande, que parecia cheia de fumaça branca.
— É um Lembrol! – explicou ele. – Vovó sabe que sou esquecido. Isto serve para avisar que a gente esqueceu de fazer alguma coisa. Olhe, aperte assim e ele fica vermelho, ah... – e ficou sem graça, porque o Lembrol de repente emitiu uma luz escarlate – ... você esqueceu alguma coisa...
Neville estava tentando se lembrar do que esquecera quando Draco, que ia passando pela mesa da Grifinória, arrancou o Lembrol de sua mão. Harry e Rony puseram-se imediatamente de pé. Hermione já tinha percebido que os dois não se davam bem com o sonserino e também, para ser honesta, não podia culpá-los por isso: ele era realmente irritante, e até mesmo cruel. Por sorte a Profa. Minerva, que era capaz de identificar uma confusão mais depressa do que qualquer outro professor da escola, num segundo estava lá.
— Que é que está acontecendo?
— Draco tirou o meu Lembrol, professora.
Mal-humorado, Draco mais do que depressa largou o Lembrol na mesa.
— Só estava olhando – falou, e saiu de fininho com Crabbe e Goyle na esteira.
No horário da aula, naquela tarde, os alunos da Grifinória desceram correndo as escadas que levavam para fora do castelo para a primeira aula de voo. Era um dia claro, com uma brisa fresca e a grama ondeava pelas encostas sob seus pés ao caminharem em direção a um gramado plano que havia do lado oposto à Floresta Proibida, cujas árvores balançavam sinistramente a distância.
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A Pedra Filosofal - Por Rony W. e Hermione G.
FanfictionRonald "Rony" Weasley, ao completar onze anos, é o sexto filho de sua família bruxa a ir para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, enquanto Hermione Granger é apenas uma garota londrina com pais não-bruxos para quem as coisas estão prestes a mu...