7. Epílogo

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esse é longo, mas é tudo feliz, é tudo fofo, talvez previsível, mas espero que vocês gostem mesmo assim. eu simplesmente tinha tantas ideias girando na minha cabeça. e, eu só queria dar a elas o final que elas mereciam depois de toda a merda que eu as fiz passarem.

Camila

O que quer que aconteça no Submundo geralmente fica no Submundo porque as rainhas mantêm tudo em segredo, e nenhum dos outros deuses jamais visita ou quer ter qualquer coisa a ver com os mortos. Todos gostam de seus jogos e festas e de beber demais para se incomodar com um lugar que ouvi dizer que é muito silencioso.

E é sobre Ally que estamos falando. Ela vai nos dar o máximo de paz e tranquilidade antes que todos venham até nós, porque ela está torcendo por nós desde o início, desde que as rosas no labirinto do jardim de Lauren sussurraram para ela que eu tinha corrido de mãos dadas com a menina humana que nunca sorriu para elas.

Até mesmo as rosas sabiam que a única vez que os lábios de Lauren se moviam era para zombar ou dizer algo inteligente e cheio de sarcasmo.

Mas ela é fácil comigo. A única vez que Lauren zomba agora é quando eu tento fazê-la comer.

– Pare de olhar. – ela murmura, girando a comida na tigela que coloquei na sua frente. Estamos sentadas juntas na ponta da longa mesa que se estende até a metade da sala de banquetes do palácio porque finalmente tenho alguém aqui, alguém para passar um tempo comigo, comer comigo e realmente apreciar o lugar.

Lauren se curva um pouco e cheira a tigela, mas sei por experiência própria que não tem cheiro. Não há nada que a prepare para isso.

– Isso é ambrosia. – esclarece.

– Sim.

– Comida dos deuses...

– Sim.

– Os deuses comem isso... mingau?

– Apenas experimente, Laur. – ela me observa com cautela. Estou tentando muito reprimir os sorrisos e posso dizer que estou brilhando mais com meu entusiasmo.

– Tudo bem... – ela finalmente come uma colherada de ambrosia, mas assim que toca sua língua, faz uma careta. – Eca, não. – eu posso vê-la lutando para engolir o resto em sua boca. Tosse um pouco depois e joga a colher no chão causando barulho, zombando da tigela. – Não, eu não gosto nenhum pouco disso.

– Ninguém gosta. – finalmente revelo. – Eu odiei na primeira vez que tentei comer. Ainda odeio. É horrível. Acho que os chefes ficam tão bêbados que tudo começa a ter um gosto bom.

Ela me encara. – Então por que você me fez tentar?

Eu sorrio. – Iniciação.

Ela bebe o resto do vinho, tentando tirar o gosto da boca. – Por favor, chega de testes divinos. Já tive muitos testes para o resto da vida.

Devo fazer uma careta. Me sinto culpada, mas não por causa da ambrosia. Ainda tenho um pouco de culpa que nunca vai embora, não importa o quanto ela sorria para mim, sobre Lauren desistir de tudo e de sua vida humana para vir me salvar. Chame isso de uma existência inteira de abandono, além de Dinah, Ally e a ocasião mais rara em que Ari apareceu. Às vezes, simplesmente não sinto que valho a pena.

Mas ela se importa. Se inclina e agarra cada lado do meu rosto e parece mortalmente séria.

– Pare com isso. Eu nunca vou me arrepender de nada, Camila. Eu sempre quero você.

Gosto de como ela não diz 'preciso', embora precisemos uma da outra. Minha quase morte dramática provou isso. A maneira como ela está mais magra do que quando nos conhecemos também prova isso.

I'il Stop the World (Short Fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora