O que está acontecendo?

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A cabeça de Zelda estava latejando, uma dor impossivelmente grande. Ela sentiu o corpo tão pesado, doendo como se um caminhão tivesse passado por cima dela.

Que diabos de sonho foi aquele noite passada?

Zelda abriu os olhos e imediatamente se arrependeu, pois, a luz brilhante da sala machucou seus olhos. Ela os fechou novamente já xingando Hilda mentalmente, com certeza, deve ter sido ela quem entrou no quarto de Zelda e deixou a luz acesa. Ela saiu da cama com os olhos semicerrados e foi ao banheiro.

Zelda tirou sua roupa e ligou o chuveiro, a água quente atingiu seu corpo e ela gemeu de satisfação. Isso era tudo o que ela queria. Ela abriu os olhos, totalmente agora, e procurou o sabonete. Ela esfregou o sabonete nas mãos criando espuma, e passou pelo seu corpo, começando pelos braços, barriga e ate.... Seus olhos se arregalaram e ela olhou para baixo.

“Ai meu deus, eu tenho seios. Desde quando eu tenho seios???” Zelda estava incrédula. “Mais que porra, eu ainda estou sonhando??”

Ela estava assustada e hipnotizada ao mesmo tempo. Zelda massageou-os com as mãos, completamente pega pela situação. Ela beliscou os mamilos entre o polegar e o indicador e céus! Isso é tão bom. Zelda gemeu, ela começou a se sentir quente, um sentimento um pouco novo. Zelda estava tão distraída que se assustou ao ouvir a porta se abrir, ela arregalou os olhos e soltou seus seios, não tão imaginários agora. Ela se virou, mas logo se arrependeu.

“O que você está fazendo aqui??” Lilith abriu a boca e fechou algumas vezes, seus olhos nunca deixando o corpo nu de Zelda, Lilith mordeu o lábio inferior e só então Zelda se deu conta de sua nudez. Suas bochechas ficaram vermelhas e ela tentou cobrir seu corpo o melhor que pode. “Lilith saia daqui idiota.”

Zelda queria gritar com ela, mas ela estava envergonhada de mais para isso. Ela a viu massageando os seios?
“Eu...Eu-ok”

Derrotada, ela se virou e saiu do banheiro com a cabeça baixa, mas voltou, apenas para deixar algumas peças de roupas para Zelda. A ruiva bufou e balançou a cabeça, aquela garota é louca.

Ela voltou a tomar banho, mas dessa vez ela não se arriscaria em tocar novamente em seus seios, ela faria isso mais tarde. Ela terminou o banho e caminhou até onde Lilith deixará as roupas.

Zelda vestiu a calcinha sem nem se importar se era dela, mas deve ser porque ela estava em seu quarto, certo? Ela vestiu os jeans claros e uma blusa de botões vermelha, ela enrolou a toalha em volta de seus cabelos. Ela abriu a porta do banheiro, ela congelou no lugar. Era aquele mesmo quarto de seu sonho, Zelda chegou à conclusão de que ontem não tinha sido um sonho. Ela precisava sair, ela iria enfrentar aquele psicopata e exigir que a levasse para casa.

Zelda saiu do quarto, a casa estava em silencio. Ela se perguntou quem morava lá. Ela olhou por cima das paredes e viu algumas fotos, um deles parecia com Lúcifer ou algum sócio mais velho com cabelo diferente e uma expressão mais velha.

Ela estava ocupada tentando pensar em alguma explicação para aquilo tudo, procurando a memória de quem poderia ser o dono da casa e porque tinham fotos daquelas pessoas lá. Um chamou sua atenção, uma foto da mesma menina que ela vira ontem. Ela estava sentada no colo de Constance.

“Quem é esta cópia da minha melhor amiga mais velha??” Zelda disse para si mesma assustada, Zelda estava morrendo de medo. Ela se assustou quando o som da campainha soou alto pela casa, essa era sua chance. Ela correu em direção a escada, descendo os degraus com pressa.

“Você disse que iria comigo ao centro da cidade para procurar coisas para Ambrose, Lilith vamos lá.”

Hilda! Agora era a chance de Zelda escapar de lá. Ela desceu o resto da escada, apenas Hilda poderia ajuda-la. Ela ouviu a voz de Lilith e a seguiu, logo chegando em uma enorme sala de estar, ela viu Lilith falando e gesticulando para...Hilda? Ela não estava tão mais velha ontem na escola, nem com os cabelos acima dos ombros.

“Hildie?”

Zelda curiosamente chamou por ela, quando ouviram sua voz, eles pararam de falar. Hilda se virou para ela e sorriu.

“Olá, Zelds!” Ela foi até Zelda e a abraçou, ela estava um pouquinho mais forte também. Zelda não retribuiu o abraço, ela estava com muito medo. “Você pode convencer a sua querida esposa a me ajudar com as compras de moveis para o quarto de Ambrose? Seu sobrinho e meu marido agradeceriam se formos logo.”

“Que tipo de piada é essa Hilda?”

Zelda diz sem esconder a raiva em sua voz, Hilda deu um passo para traz e olha fixamente para Zelda, a confusão presente em seu rosto. Ela ouviu Lilith suspirar pesadamente, Zelda olhou para Lilith e viu seus olhos tristes.

Não passam apenas de memórias (Madam Spellman)Onde histórias criam vida. Descubra agora