Nem mesmo depois de mil vidas

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Estou de volta??? 😶🤔

~Falas em itálico é de Lilith~

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Lilith sentiu algo molhado tocar sua bochecha, mas mantendo os olhos fechados. Não querendo acordar, preferindo dormir e sonhar que tudo o que aconteceu foi mentira. Que ela ainda estava esperando seu bebê e logo ele nascerá para a sua felicidade e de Zelda. Quando ela decidiu fazer uma inseminação pelas costas de Zelda, ela fez questão de escolher um homem ruivo, só para ter sorte que a criança nasceria com as feições e os olhos de Zelda. Imaginei um mini Zelda, lindo.

Mas isso foi arrancado dela tão de repente...Ela nunca teria um ou uma mini Zelda. Eu nunca seria capaz de dar essa felicidade a ela. Lilith é uma mulher de meia idade tentando ter um bebê, ela acha que nunca poderá realizar esse sonho.

"Mama..." Ela ouve um sussurro no seu ouvido, se sentindo voltar à realidade pouco a pouco. "Mama, acorde."

E novamente algo molhado e macio toca sua bochecha, ela lentamente abre seus olhos, para encontrar aqueles olhos castanhos tão perto do seu rosto. Sabrina sorri quando a vê acordada e suas mãozinhas tocam o rosto da morena. Ela suspira, piscando algumas vezes. Ver sua filha sempre a fazia bem, e agora não é diferente. Ela sorri para a menina loira e se vira na cama.

"Olá, garotona."

Sua voz está rouca de sonolência. Lilith puxa Sabrina em seus braços e a abraça. A pequena envolve seus bracinhos em volta do seu pescoço e a abraça forte. Céus! Como eu amo esse abraço.

"Senti a sua falta mama." 

A morena sentiu vontade de chorar ao ouvir o som de sua voz chorosa. Ela se repreendeu por ser burra a ponto de não dar a devida atenção a sua filha nesses dias que passaram, idiota por afundar no seu próprio poço e não cuidar da sua filha. Sabrina não tem culpa de nada, ela não poderia abandoná-la.

Eu sou uma idiota.

"Eu também, meu amor, eu também." Lilith a aperta em seus braços, mas não com força suficiente para machucá-la. "Mama promete te dar atenção agora, ok?"

"Podemos fazer anjos na neve? Está nevando."

"Realmente?"

"Sim!" Ela grita excitada e a solta, sua garotinha se levanta na cama e começa a gritar. "Vamos mãe, vamos brincar na neve. É nossa tradição lembra? Fazemos isso todo ano."

"Nossa, que animação é essa aqui?" Lilith olha  para a porta e seu sorriso aumenta quando ela vê Zelda entrar na sala, ela está toda vestida com uma camisola curta vermelha. Isso a lembra de quando elas eram adolescentes, Zelda tinha um desses e não saia dela. Ela está com uma bandeja na mão, Lilith se senta na cama e continua olhando para ela. "Bom Dia."

Ela diz e coloca a bandeja na mesa de cabeceira, então Zelda descansa as mãos na cama e se inclina para selar nossos lábios. É como sentir meu corpo flutuar. Não há sensação melhor do que receber um beijo dela. Sabrina agarra os pescoços de suas mães as fazendo quebrar o contato de suas bocas, a morena acaba rindo da animação de sua filha e Zelda faz o mesmo.

"Vamos fazer anjos na neve!"

"Ah sim, está nevando. Mas primeiro, garotinha, vamos tomar o café da manhã porque sua tia Hilda disse que você não queria comer nada quando acordasse." A ruiva usou sua voz mais séria para falar com sua filha. Zelda não aceitaria que Sabrina não se alimentasse logo de manhã. O café da manhã é a refeição mais importante do dia e Zelda morreria antes de deixar sua filha ou esposa sem um desse. 

Não passam apenas de memórias (Madam Spellman)Onde histórias criam vida. Descubra agora