Um pequeno momento soft.
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"Este, do baile."
Lilith disse e apontou para uma das milhares de fotos penduradas no mural. Zelda foi até ela e olhou a foto. Foi impossível não sorrir quando Zelda colocou os olhos em uma versão mais jovem dela e de Lilith juntas. Na foto, Zelda estava sentada de lado no colo da outra mulher e Lilith estava com a cabeça apoiada em seu ombro, seus olhos estavam fechados e ela sorria. O sorriso de Zelda na foto não era menos grande que o de Lilith. Elas pareciam felizes.
"Nós fomos juntos?"
"Sim." Zelda continuou olhando para a foto, tentando forçar sua mente a se lembrar daquele dia, mas nada aconteceu. "Aluguei uma limusine gigante e você quase teve um ataque cardíaco quando a viu."
Lilith disse e riu. Zelda olhou para ela e foi contagiada pelo som de sua risada. Lilith mordeu o lábio inferior e olhou para baixo.
"É assim que você é." A morena levantou a cabeça ao ouvir o comentário. "Eu me lembro de como você era exagerada na escola, você acha que esqueci aquela sua moto gigante?"
"Ela nem era tão grande."
"Era. No dia em que você me deu uma carona, quase morri. Achei que íamos voar com aquela coisa."
"Isso é um exagero, baby." Zelda mordeu o lábio e sorriu um pouco quando ouviu Lilith chamá-la assim. "Eu...eu não queria."
Zelda olhou para ela, as bochechas de Lilith estavam vermelhas. Zelda ergueu as sobrancelhas em confusão.
"O que?"
"Eu chamei você de baby...Não foi intencional."
A morena se esclareceu e a expressão no rosto de Zelda se suavizou; hesitante, ela deu um passo para mais perto dela. Lilith olhou para ela sem piscar.
Zelda não sabia se Lilith estava respirando, mas achava que não.
Ela aproximou seu rosto do de Lilith e quando ela estava prestes a colocar seus lábios juntos, o telefone de Lilith começou a tocar. Elas pularam por causa do susto.
"Jesus!"
Zelda exclamou levando a mão ao peito. Lilith soltou uma risadinha nervosa e estendeu a mão para o dispositivo em seus bolsos, quando finalmente o encontrou, ela atendeu a chamada.
"Oi Papai." Zelda gradualmente se recuperou do susto. "Não, vim passear com Zee...Sim." Ela olhou para Zelda e sorriu ao ouvir o que seu pai disse. "Estamos a caminho."
"Estamos indo embora?"
Era impossível não ouvir a decepção na voz de Zelda, e Lilith certamente percebeu.
"Sim, mas podemos voltar amanhã ou talvez dormir aqui."
"Aqui?"
"Não aqui na casa da árvore, mas na casa da frente." Lilith explicou apressadamente e Zelda acabou sorrindo de seu jeito atrapalhado. A morena se afastou da parede e ajeitou as roupas. "Podemos ir?"
Ela perguntou e Zelda apenas balançou a cabeça. Elas estavam prestes a sair de casa quando Zelda segurou seu pulso. Lilith olhou para ela sem entender e antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, Zelda segurou seu queixo com a mão livre e selou seus lábios. Lilith suspirou pesadamente, o ar atingindo o rosto da outra mulher. Zelda sentiu Lilith apertar a cintura e aprofundar o beijo. Seus lábios se moviam lentamente, como se estivessem dançando.
"Só para ficar claro, eu gosto quando você me chama de baby."
Zelda confessou depois que pararam o beijo, afastando-se um pouco de Lilith e observando seu sorriso largo.
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Não passam apenas de memórias (Madam Spellman)
FanfictionO que você faria se acordasse ao lado da pessoa que mais odeia e....casada? Bom, Zelda Spellman obviamente não sabia como explicar a que ponto chegou, mas sabia que odiava Lilith com todas as suas forças.