Doces (ou não) morangos

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Na manhã seguinte, Zelda acordou sozinha, abriu os olhos e a primeira coisa que viu foi o teto branco do quarto. Ela se espreguiçou um pouco na cama e passou as mãos no rosto. Ela olhou para a mesa de cabeceira e viu um relógio digital ali, indicando que eram 12h, ela suspirou. Ainda era cedo. Ela olhou em volta e não viu ninguém. Onde estava Lilith? Ela ainda estava chateada?


Ela se sentou na cama e percebeu que a mesma porta que Lilith entrou ontem está  entreaberta, talvez houvesse outro banheiro lá.

Lilith acharia inconveniente que Zelda estivesse mexendo com suas coisas?

Pensando bem, as coisas naquela casa também eram dela, certo? Certo!

Sem pensar muito, ela saiu da cama e se aproximou, abriu a porta de madeira e deslizou para o lado. Era um closet enorme. Eles eram ricos ou algo assim?

Embora a julgar pela mobília da casa, seu tamanho e os carros na garagem, eles provavelmente tinham uma vida boa. Zelda percebeu que não tinha ideia sobre o que ela trabalhava e fez uma nota mental para perguntar a Lilith mais tarde. Ela entrou no closet e era enorme, cheio de prateleiras e tinha um espelho no final. Ela olhou em volta, estava cheio de roupas em todas as prateleiras, no fundo havia vários sapatos e pares de tênis.

Hesitante, ela caminhou pelo espaço. Algumas roupas que ela identificou como sendo de Lilith porque ela sempre amou coisas de couro e isso não mudou mesmo com o passar dos anos. O gosto de Zelda, embora parecesse um pouco diferente, também não estava longe do que era antes. O número de ternos, vestidos deslumbrantes e calças penduradas no lado esquerdo deixava isso claro. Ela os identificou como mais suaves e claros, enquanto os de Lilith parecem mais escuros e informais.

Armani.

Prada.

Lanvin.

Chanel.

Lilith trabalhava para algum tipo de máfia?

Ela suspirou, prendendo o cabelo ruivo em um rabo de cavalo informal, e olhou para trás pelo closet. Ela viu uma caixa preta na prateleira de cima em frente ao espelho, que chamou sua atenção.
Curiosa como estava, ela não se conteve e foi verificar. Ela puxou a caixa em sua direção. Estava pesado. Com cuidado, ela o pegou e colocou a caixa de plástico preta no chão e olhou ao redor em busca de qualquer etiqueta. Mas não havia nada.

Ela respirou fundo, puxou a tampa e encontrou ... CDs.

"Posso tocar neles?"

Ela se perguntou. Bem, Lilith ainda não tinha voltado, aonde quer que fosse. Ela pegou alguns CDs. Apenas um deles foi rotulado como "Lilith". Isso é o que está escrito no CD. Agora ela estava realmente curiosa. Ela apenas pegou aquele CD e colocou os outros na caixa, fechando a tampa e se levantando do chão. Ela saiu do armário e fechou a porta. O que ela deve fazer agora? Veja o que está no cd ou coloque de volta?

Ela ouviu o som de algo vibrando, como um telefone celular ou algo que ela não tinha certeza do que era. Ela caminhou pela sala tentando descobrir de onde vinha aquele barulho. Parecia vir da poltrona, havia uma bolsa ali. Zelda foi até lá rapidamente. Ela abriu a bolsa e começou a procurar de onde vinha aquela coisa toda, e encontrou um telefone celular. Bem, parecia um, apesar de ser muito fino e grande.

Não passam apenas de memórias (Madam Spellman)Onde histórias criam vida. Descubra agora