Não passam apenas de memórias (Madam Spellman)

Se é para vê-la feliz...Faço o que você quiser.

Zelda não se lembrava de ter tido uma noite de sono tão maravilhosa como aquela noite. Lilith fez questão de as levar para a cama depois que dormiram. Lilith vestiu sua esposa, deu beijos por todo o seu corpo e depois se deitou ao lado dela, fazendo carinho na mulher ruiva ao seu lado até ela adormecer. 

Com os olhos ainda fechados, Zelda procura Lilith na cama, não sentindo o braço de sua esposa em volta dela ou seu calor. Abrindo os olhos para confirmar que a morena não está mais aqui. Zelda fecha os olhos e suspira de frustração. Seria bom acordar com ela ao seu lado, especialmente depois de ontem.

Ontem...Foi uma mistura de sentimentos, mas o que o tornou perfeito em si mesmo foi Lilith. O cuidado dela, a ternura ao olhar para Zelda e os beijos que ela a deu, o jeito que ela a fez sentir, tão especial. Ela melhora qualquer coisa. É ela, Zelda sabia, sempre será ela.

Ouvindo a porta sendo aberta e Zelda se vira um pouco o corpo, vê Lilith entrar no quarto com uma bandeja de prata nas mãos. Um sorriso enorme aparece nos lábios da ruiva, mas franze a testa quando vê sua esposa toda vestida.

"Você foi a algum lugar?"

Lilith empurra a porta com o pé e levanta a cabeça ao som da voz de Zelda, Lilith sorri e caminha até a cama. A ruiva se senta e se encosta na cabeceira da cama.

"Fui comprar uma coisa. Dois na verdade." Ela diz e coloca a bandeja nas pernas de Zelda. "Eles são para você."

Lilith pega um buquê de rosas que estava no canto da bandeja e o estende para Zelda, seu sorriso volta ao seu rosto, mais largo do que antes. Ela olha para Lilith sorrindo um pouco tímida.

"Obrigado, eles são lindos."

"E são comestíveis." Zelda junta suas sobrancelhas e se inclina para inalar o perfume das rosas. Não há cheiro de flores, cheira a morangos. "São morangos, amor. Eu conhecia um lugar onde vendiam flores falsas, achei que você ia gostar."

"Comestível? Muito legal." Ela responde enquanto pega um pedaço de uma das pétalas. Coloca na boca e fecha os olhos, respirando fundo. "Hum, meu Deus."

Ela abre seus olhos, Lilith está olhando para ela curiosa para saber se a ruiva aprova ou não. É simplesmente maravilhoso. É quase como ter um pedaço do céu na sua barriga. Simplismente maravilhoso.

"E ai?"

"É incrível. Sério, você tem que experimentar." Zelda pega outro pedaço e Lilith abre a boca para ela colocar, pouco antes de tirar seus dedos da boca da outra mulher, Lilith morde a ponta de um e chupa rapidamente. A ruiva puxa sua mão para trás, ouvindo-a rir. " Você gosta disso?"

"Esse morango é novo, melhor que uva."

"Você tem uva?"

"Tem vários sabores, amor." Zelda morde outro pedaço. É engraçado comer flores. "Tome seu café da manhã, eu lavo as mãos e volto."

Zelda apenas acena, Lilith sai da cama e vai ao banheiro. A ruiva coloca as flores de lado e olha para a bandeja. Tudo parece delicioso. Ela bebe um chocolate quente e pega um pedaço de pão que está ali. Alguns minutos depois Lilith sai do banheiro, agora ela está sem calça e jaqueta. Zelda quase se engasga com o pedaço de pão quando ver as pernas musculosas de sua esposa livres de qualquer roupa, ela está vestida com uma blusa azul, os primeiros botões estão abertos. Pelo inferno, que tipo de feitiçaria me atrai para ela?

"O que aconteceu?"

Lilith pergunta curiosamente quando percebe o olhar de Zelda sobre ela. A ruiva balança sua cabeça, seu rosto ficando um pouco quente.

"Nada, não é nada."

Lilith a olha desconfiada por alguns segundos, mas depois sorri e dá de ombros. Zelda suspira, observando-a discretamente, ou não tão discretamente assim. A morena tem um lindo sorriso nos lábios, é bom vê-la sorrir assim novamente depois daquelas semanas sombrias que se passaram. É bom tê-la de volta aos poucos.