o melhor presente

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- Vamos!- Escutei uma voz masculina conhecida em meio ao tiroteio.

Abri os olhos devagar, tentando me acostumar com a claridade novamente, vendo um verdadeiro caos acontecendo. Guardas atirando uns nos outros, homens caídos no chão sangrando. Levantei lentamente, procurando Sabina pelo lugar.

- Merda...- Resmunguei, cerrando os olhos para tentar enxergar melhor.

Consegui ver meus amigos ainda presos nas cadeiras em meio aquela confusão toda. Sai correndo com o revolver em mãos, parando na frente deles respirando pesadamente. Logo vi alguém parar do meu lado e apontei a arma para ele rapidamente.

- Ei, calma!- Era Krystian.- Vamos, temos que ir rápido.- Ele pegou uma faca do bolso e começou a tirá-los da cadeira. Agachei-me atrás de Nour, desamarrando o nó forte em seus pulsos.- Onde está Sabina?- Ele perguntou e eu neguei com a cabeça sem saber.

Krystian virou-se, protegendo-nos enquanto eu terminava de desamarrar Nour.

- Você está bem.- Perguntei para ela, que assentiu.

- Sim...Obrigada.- Falou levantando-se da cadeira. Pude ver seu rosto de perto e ela parecia muito cansada e acabada.- Isso não é importante agora. Vá atrás de Sabina.- Falou seriamente e eu assenti, entregando a faca para ela e dando mais uma boca procurada pelo local.

Em meio ao caos, consegui ver a garota sendo levada pela mulher que dizia ser sua mãe para fora do salão, para a área externa. Sabina parecia estar desacordada.

- Merda.- Resmunguei.

- O que?- Krystian perguntou sem se virar para trás, mirando com a submetralhadora e atirando rapidamente.

- Tenho que ir.- Falei tocando em seu ombro e ele assentiu.

Corri em meio aos homens, atirando em alguns no meio do caminho. Acabei sentindo uma dor e percebi que tinha levado um tiro de raspão no braço. Mas, naquela hora, a adrenalina era tanta que eu nem havia me importado. Eu só queria encontrar Sabina. Chegando á porta, dei um chute forte na mesma, respirando com toda força o ar do lado de fora e sentindo o meu abdómen doer.

Consegui ver a mulher com a garota nas costas parada, provavelmente descansando. Apontei a arma para ela, que parecia não ter notado minha presença ali ainda.

- Acabou.- Falei alto, fazendo com que ela virasse para mim, mostrando que eu estava errada: ela tinha notado a minha presença. A mulher virou Sabina e segurou-a pelo pescoço, colocando uma arma em sua cabeça. Engoli seco e arregalei os olhos.

- Acho que não.- Falou sorrindo.- Deixe Sabina comigo.- Vi que a garota estava desacordada e cerrei os punhos. Sabina já havia perdido muito sangue e estava bem pálida por causa disso. Senão fosse atendida rapidamente....

- Ela vai morrer!- Falei praticamente rosnando para a mulher, que levantou as sobrancelhas e sorriu, o que fez o meu corpo ferver de raiva.

- Não se você nos deixar em paz.- Falou.- Dará tudo certo com ela, pode acreditar em mim.

- Cale a boca! Você é maluca!- Dei um passo para a frente, fazendo com que ela se afastasse alguns passos, mexendo a arma na cabeça da garota.

- Mais eu passo e nenhuma de nós a terá.- Engoli seco.- Largue a arma, Joalin. Ninguém saíra machucada se você não quiser.

Vi Sabina tossir um pouco e senti meu queixo tremer de um sentimento que parecia ser medo. Medo de perdê-la.

Levantei as mãos e a arma. Eu iria me render. Eu não poderia perder aquela garota daquele jeito. Eu tinha que arranjar uma maneira de salvá-la.

Monster - JoalinaOnde histórias criam vida. Descubra agora