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Chegamos à escola ainda a tempo do fim da segunda aula da manhã, 5 minutos antes de tocar. Quando saimos das aulas o Michael e o Calum vêem ter comigo. A Sky já andava longe no seu skate.

Calum - O que é que aconteceu sexta-feira?!

Michael - E porque é que deixas-te o telemóvel desligado durante o fim de semana inteiro?!

Eu apenas sorrio. Há quanto tempo é que não andava com estes dois? Eu não sei. A única coisa que eu consegui fazer foi abraça-los, pois o que eles queriam dizer com aquelas perguntas era que se importavam comigo, e abraça-los foi a forma mais rápida que consegui de os agradecer por isso, mesmo que eles tenham ficado confusos.

Calum - Ok, isto está a ficar cada vez mais confuso...

Eve - Desculpa!

Michael - OK, se me contares o que aconteceu.

Eu digo-lhe tudo o que acontecera.

Michael - Eve, o Ashton...

Eve - Não quero saber, Mike! Agora não quero pensar no assunto! Tive o fim-de-semana todo com isto na cabeça a dar cabo de mim! Agora não! Então, com quem é que vão ao baile?

Michael - Liz

Calum - Ninguém

Michael - E tu, vais ao baile?

Eve - Não. Achas mesmo que eu teria paciência para aturar os pombinhos todos ali e depois ficar ali sozinha?

Calum - Podias ir comigo

Eve - Desculpa Cal, mas não... E tu lembras-te da última em que nós ficámos juntos no dia de S. Valentim!

Calum - Ah, ya, tens razão... Forget it!

Michael - Se não vais ao baile, o que é que vais fazer?

Eve - Provavelmente a ouvir músicas sobre corações partidos e etc... - eles olham para mim, com cara de quem diz "Quem és tu?" - Obviamente que não... Vou andar por aí a fazer alguma coisa, sei lá!

Calum - Mas se não vais ao baile, podes ir para casa, sabes disso?

Eve - Não, porque eu esqueci-me das chaves, em casa, só o Jeremy é que tem as chaves para além de mim, e os meus pais vão passar a noite fora, e o Jeremy e o Theo vão ao baile

Michael - O Theo também vai?

Calum - Até um miúdo mais novo consegue arranjar par! Eu não percebo!

Eve - Ele é parte dos Cooper, agora! É óbvio que consegue arranjar par!

Calum - Pois, mas tu não tens par! Nem vais ao baile!

Eve - Porque não quero! Se tivesse vontade, até ia! E vinha com o meu namorado invisível, e ele tocava uma música na guitarra dele! Ele a tocar, não o consegues distinguir do Brian May!

Michael sorri, e Calum apenas revira os olhos.

Quando tocou, fomos para as secantes sessões de tortura.

(MAIS TARDE)

As aulas da manhã acabam, e temos de ajudar na organização do baile. Quando entro no ginásio, as únicas coisas que vejo são: rosas, corações, cor-de-rosa, vermelho, pessoas a fazerem sorrizinhos (de forma ultra irritante), pessoas de mãos dadas, pessoas aos beijos (de forma irritante)... blah blah blah...

Oh Meu Santo Deuzinho! Ajuda-me! Mal posso esperar para tirar daqui os pés!

POV SKY

Depois de umas 2 horas só a ajudar a pendurar fitas em forma de coração, e balões e etc, finalmente temos autorização para sair da porcaria do ginásio e sermos livres.

Quando me viro, sinto alguém a puxar-me. Olho para quem é.

Ruth - Só mesmo para que saibas, excusas de fazer esforços em vão, porque o Luke, é meu! Se bem te lembras de sexta-feira! - olho fixamente para os olhos da víbora.

- Sky! - oiço uma voz familiar muito lá ao fundo do ginásio.

Ela pode-me ter feito quase chorar, pode-me ter feito sentir mal, pode-me ter deitado a baixo, pode-me ter feito isso tudo... Mas foi na sexta-feira! Não foi hoje! E nunca mais será! Eu deitei uma moeda à água, agora tenho de fazer com que isso não tenha sido em vão!

Neste momento, nem sei porquê, mas ela esboçou um sorriso. O mesmo sorriso que eu vou fazer com que desapareça agor mesmo! E é aqui que eu lhe dou um murro na cara, de forma a que lhe atingisse parte da bocecha e da boca. O sorriso dela foi-se, mas o meu apareceu.

Ela ficou a olhar para mim com a boca aberta, quer de espanto quer de dor, enquanto eu continuava a sorrir vitoriosamente.

Sky - Fecha a boca, que sai asneira! - digo, viro-lhe as costas e começo a andar, em direção para fora do ginásio. Acho que nunca me senti tão triunfante na minha vida.

Saio do ginásio, pois tenho de saltar pela a janela para ir à sala, para ir buscar as minhas coisas que estão esquecidas a um canto, pobrezinhas. Sempre é mais rápido e simples do que ir pedir as chaves da sala, abrir a porta e finalmente pegar na mochila, para depois ir pôr as chaves no sítio. Am I right?

Quando tenho a mochila às costas, e me sento na janela da sala para sair, vejo o Luke, como se estivesse à minha espera.

Luke - Acertas-te-lhe em cheio hã? - ele diz, cruzando os braços e esboçando um pequeno sorriso.

Sky - Ya... - digo baixando a cabeça, escondendo o meu sorriso.

Luke - Olha, aquilo de sexta... - neste momento eu olho-o, mais séria - Sabes perfeitamente que aquilo não... Que não fui eu que a beijei, certo?

Sky - Não sei, diz-me tu... E também, porque é que me estás a dizer isto? Porque me haveria de importar com isso?

Luke - Não sei... Talvez porque tu... Porque eu... Porque... - ele suspira - Ugh! Como é que raio é que eu vou dizer isto?!...

Eu olho para ele confusa.

Luke - Porque eu não gosto da Ruth... Eu e ela, nem sequer somos alguma coisa a que possamos chamar "amigos"...

Sky - Olha que ela não diz o mesmo...

Luke - Mas acho tu a acordas-te do sonho... - ele sorri, e eu faço o mesmo.

Sky - Mas porque é que pensas-te que eu tinha dado muita importância ao assunto?

Luke - Porque fiquei preocupado com a maneira de como tu me podias ver... porque não é novidade que tu não gostas dela.

Sky - Porque é que te preocupas com isso?

Luke - Porque... Quando uma pessoa gosta de outra preocupa-se com isso, não é?

Eu fico um bocado confusa. Não sei o que responder. Quer dizer que ele gosta de mim, como eu gosto dele?

Sky - C-como assim? - digo com medo de intrepertar mal - O que queres dizer?

Luke - Tu percebes... Quero dizer que eu...- para durante um bocado - amar é demasiado lamechas - sussura para si próprio, e continua - gosto de ti... ?

Eu baixo a cabeça, para não parecer que estou a rir dele. O que ele diz não me dá vontade de rir, pois ele acabou de admitir que sente o mesmo que eu. Na verdade o que me dá vontade de rir é a maneira esquisita que ele arranjou de me dizer.

Olho para ele. Luke olha para mim. Eu desço pois já me estava a doer de estar ali sentada. Ao saltar, fico ligeiramente mais perto dele.

Luke - Tu percebes o que eu quis dizer... Afinal, não foi por acaso que eu te beijei a ti no dia de Natal, não achas? - ele sorri.

Sky - O mesmo te digo a ti! - sorrio.

Por muito lamechas, estúpido, e cliché que seja, beijamo-nos. Como no dia de Natal.

Luke - Isto não quer dizer que tenhamos de ir ao baile, pois não?

Sky - Ugh! Não! Eu já não aguentava mais estar a a ajudar com aquela porcaria, quanto mais!

*

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