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Ashton apertou a minha mão com um pouco mais de força, devido ao entusiasmo.

Ashton - Yey!! - o sorriso dele quase que ia de orelha a orelha - Vais adorar! Prometo-te!!

Nisto, com a mão que se encontrava livre, fez deslizar a porta de madeira, abrindo-a e deixando o desenho da carpa cortado ao meio. Entrámos numa grande divisão, que servia de um género de entrada, cujas paredes tinham encostadas um armário, cada uma.

Vi Ashton largar a minha mão e tirar os sapatos, pegando nos mesmos, e preparar-se para abrir a porta de um dos armários, quando olhou para mim. Uma expressão divertida invadiu-lhe a cara, rindo-se, enquanto eu permaneci ali parada, a olhar para ele confusa.

Ashton - Tens de tirar os sapatos, dumbass...

Senti a minha cara ficar toda ela quente e avermelhada, quer de me sentir evergonhada, quer por ele me ter chamado dumbass, mas fiz como ele disse.

Tinha-me esquecido que, pelo menos quanto sei, tradicionalmente, os japoneses tiram o calçado quando entram em alguns edifícios. Ashton abriu a porta de um dos armários, e, no meio de vários espaços preenchidos com sapatos, arranjou dois lugares vagos, pondo primeiro o seu calçado e só depois o meu.

Com isto, abriu a porta que dava para o restaurante propriamente dito, mostrando o interior do rés-do-chão.

Havia várias pequenas mesas baixas, com almofadas a servirem de cadeiras, onde as pessoas se sentavam a conversar alegremente e comiam aquilo que os empregados, - vestidos com trajes tradicionais, - serviam. O restaurante estava longe de ser algo de luxo, mas tinha algo que transmitia a sensação de comforto, como se estivesse em casa.

Enquanto eu contemplava a decoração do restaurante, Ashton olhava para todos os lados, como se estivesse à procura de alguém, até que encontrou mesmo.

Ashton - SEN~~!!

Só com aquele grito, tinha ganho a atenção de maioria do restaurante, assim como um Ashton, não grites!! vindo de mim.

- ASHTON~~!! - um empregada vestida com um traje tradicional japonês dirigiu-se a nós.

A rapariga aparentava estar nos seus 20 e poucos anos de idade. Tinha os cabelos presos num pequeno rabo-de-cavalo, de modo a deixar a cara destapada.

O penso rápido que tinha no nariz, - extamente abaixo dos olhos em bico, - as ligaduras em volta dos dedos das duas mãos e aquele sorriso, e os piercings na orelha esquerda davam aspeto de quem se divertia a dar uma coça a alguém.

Ashton - Sen, esta é a Evelyn - apontou para mim, com um sorriso.

O olhar de Sen cruzou-se com o meu.

Eve - Uhm, podes tratar-me por Eve, prazer em conhecer-te!

Enquanto eu fiz uma pequenina vénia com a cabeça, Sen olhou-me de cima a baixo como uma criança quando vê alguém desconhecido pela primeira vez.

Senti um arrepio pela espinha acima quando me ocorreu que ela pudesse querer dar-me uma tareia, caso nao gostasse de mim, ao ver o ar pensativo dela.

Sen - Hun... És baixinha...

Com esta afirmação, senti as bochechas a aquecerem rápidamente, e pude reparar que Sen se sentiu envergonhada, enquanto Ashton deu uma gargalhada.

Sen - Peço desculpa! Disse a primeira coisa que me veio à cabeça!! - fez uma pequena vénia.

Eve - Uhm...

- Oi! Sen!! - era um empregado do restaurante com um traje a condizer com o dela.

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